Edge computing: entenda o conceito e saiba como utilizar

A chamada computação de borda é uma maneira de aumentar a velocidade do processamento de dados, trazendo mais segurança para demandas específicas das organizações, complementando a nuvem

Na era da tecnologia, as empresas que desejam se manter competitivas precisam estar sintonizadas com as principais tendências. Nem sempre é uma tarefa fácil, especialmente com as diversas possibilidades de aplicação de ferramentas e plataformas e o desejo constante pela inovação. E um dos termos que tem se destacado recentemente é o edge computing ou computação de borda.

Trata-se de uma nova abordagem de arquitetura de TI que difere dos data centers tradicionais. Nela, o processamento de dados ocorre na borda – como diz o seu próprio nome –, levando esta etapa do fluxo para mais próximo da fonte de dados. A ideia é evitar a transferência de informações entre servidores – muitas vezes distantes – para ganhar velocidade.

No processo da nuvem tradicional, os servidores costumam estar mais distantes. E, com a necessidade de processamento mais ágil, rápido e seguro, o diferencial do edge computing é melhorar a eficiência operacional e agilidade, o que é cada vez mais necessário com a inclusão de novas tecnologias na rotina e a demanda por processamentos mais seguros e rápidos.

Não é à toa que se trata de uma tecnologia emergente, como demonstra uma previsão da consultoria Global Market Insights. Estimada em US$ 9,1 bilhões em 2022, o edge computing deve ter uma expansão anual de 34,3% até 2032, chegando a US$ 157 bilhões em valor de mercado.

“Edge computing é fundamental para aplicações que demandam resposta em tempo real”, diz o relatório, mencionando indústrias como veículos autônomos e que dependem de automação – uma demanda, inclusive, da administração pública.

Qual o impacto do edge computing?

A computação de borda impacta diretamente na velocidade de processamento e na menor latência, o que traz mais agilidade aos processos realizados internamente. Isso facilita a introdução de novas tecnologias, que dependem de grande velocidade e segurança na transmissão de dados – uma demanda cada vez mais recorrente das empresas.

Em um mundo no qual se depende dos dados para a tomada de decisão assertiva, o edge computing permite análises mais rápidas em tempo real e dá condições de estrutura para um uso mais seguro de outras tecnologias.

Entre elas, é possível mencionar a Internet das Coisas (IoT), que conecta e coleta dados entre diferentes equipamentos, muito usado no setor de manufatura, de logística e agronegócio, conforme apresentamos neste artigo do blog. A IoT depende da garantia do processamento de dados em tempo real para operar de maneira segura e eficiente.

Mas não para por aí: realidade virtual e realidade aumentada são outros exemplos de como o edge computing pode se tornar a espinha dorsal dessas inovações, reduzindo a sobrecarga na rede, melhorando a eficiência do sistema e a disponibilidade dos serviços. Isso é fundamental em uma tecnologia que visa gerar experiências imersivas e fluidas.

Ou seja, além da agilidade e eficiência no processamento, o edge computing pode aumentar a satisfação dos clientes. Uma entrega mais rápida e respostas imediatas resultam em uma melhor experiência, sem contar uma redução de custos pela diminuição da necessidade de banda e de exigências de equipamentos para armazenamento de dados.

Do ponto de vista de segurança, os impactos ocorrem sob duas perspectivas. A descentralização do processamento de dados adiciona uma camada de segurança, já que menos informações sensíveis são transmitidas pela rede, reduzindo os riscos. Por outro lado, há necessidade de se investir em uma robusta camada de segurança voltada a esta área de processamento de dados.

Um complemento para a nuvem

Em prol do dinamismo empresarial e da flexibilidade, o edge computing e a computação em nuvem podem operar de forma complementar. Ambos os conceitos podem coexistir harmoniosamente, proporcionando flexibilidade e dinamismo aos negócios.

Em geral, o edge computing é eficaz em situações nas quais a abordagem centralizada da computação em nuvem encontra limitações, o que ocorre como requisitos específicos de rede ou restrições operacionais. No entanto, para outros serviços que não demandam a mesma velocidade, a nuvem centralizada e em servidores remotos cumpre com a garantia de dar flexibilidade e escalabilidade.

Essa necessidade se mostra crescente, especialmente com a nova dinâmica do universo corporativo, que inclui ambientes de trabalho híbrido e home office na maioria das organizações. Nesse caso, a capacidade de processar dados localmente em servidores remotos propiciada pela nuvem garante a continuidade operacional, independentemente da localização física dos colaboradores.

Quais os desafios para o edge computing?

A computação de borda enfrenta desafios que precisam ser superados para sua ampla adoção. Entre eles, é possível mencionar:

– Escalabilidade – Ao contrário da nuvem tradicional, a computação de borda enfrenta dificuldades para ser escalada, especialmente por ser um tipo de infraestrutura mais complexa.

– Manutenção – Se a descentralização traz velocidade no processamento, ela gera dificuldades no suporte de TI, o que pode ser um impeditivo para o seu uso em alto escala. Pode haver também falta de mão de obra capacitada para executar este trabalho, ainda mais em uma arquitetura de TI peculiar.

– Reprodução – Nem sempre esta arquitetura de TI pode ser replicada em todos os ambientes. A falta de padronização e de interoperabilidade podem impedir o sucesso da tecnologia em configurações diversas.

– Segurança – Ao contrário de data centers centralizados, cujo investimento em segurança é elevado, o edge computing vai exigir medidas robustas para proteger os dados processados localmente. Ter sucesso nesta estratégia é fundamental para garantir a reputação do negócio: veja boas práticas neste artigo.

No quebra-cabeça tecnológico das empresas modernas, o edge computing pode ser uma peça muito interessante a ser implantada. Ela é ainda mais atrativa para tarefas que demandam um processamento de dados muito ágil, caso de novas tecnologias como o IOT, garantindo agilidade e segurança aos clientes.

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