O prejuízo gerado pela instabilidade de sistemas durante a Black Friday

Estima-se que sites brasileiros ficaram mais de 9 horas fora do ar no período que engloba a Black Friday à Cyber Monday, gerando mais de R$ 36 milhões em perdas

A Black Friday precisa ser aproveitada intensamente pelos dois lados envolvidos: consumidor e varejista. São 24 horas – ou 96, caso se considere a Cyber Monday — para que o seu negócio possa desfrutar dos grandes benefícios desta data, considerada a segunda mais importante para o e-commerce, atrás apenas do Natal.

Esse curto intervalo leva a um boom de consumidores nos sites simultaneamente, o que causa instabilidade na Black Friday. Como demonstramos neste artigo, o faturamento da data em 2021 foi de R$ 5,4 bilhões, conforme os dados da Neotrust.

Esse resultado, porém, poderia ser ainda melhor, não fossem as instabilidades dos sites. Um levantamento da Sofist indicou que a lentidão e inconsistência dos e-commerces causou R$ 36,1 milhões de prejuízo no período.

O resultado é quase 26% inferior ao contabilizado em 2020, quando o prejuízo devido à instabilidade na Black Friday foi de R$ 48,7 milhões. Em todo o globo, a estimativa é de que 47 milhões de consumidores participaram da data (incluindo a Cyber Monday), um aumento de 10% na comparação com 2020.

Como se determinou o prejuízo?

Os valores estimados de perda se basearam em um levantamento que monitorou 116 sites a partir das 22 horas de 25 de novembro até 23h59 de 29 de novembro, período mais recorrente das promoções em 2021. Para incluir como instabilidade, o levantamento considerou alguns fatores:

– Problemas técnicos, como páginas de erro;

– Uso de páginas de espera, também conhecidas como “tampão”;

– Demora excessiva (timeout), quando o site não termina de carregar em 45 segundos.

No total, 54 das 116 lojas (46%) saíram do ar em algum momento do período monitorado. Ao todo, foram 9 horas e 25 minutos de sites indisponíveis, que resultaram no cálculo de R$ 36,1 milhões de prejuízos. Ou seja, poucos momentos de instabilidade se revertem em perdas relevantes para os e-commerces.

Como evitar a instabilidade na Black Friday?

Há diversos cuidados a serem tomados, mas o principal é fazer investimentos em tecnologia que propiciem a escalabilidade de serviços necessários durante esse alto volume de tráfego. Nesse sentido, é importante que a TI ganhe um papel de protagonista, sendo pensada de forma estratégica para a organização, o que inclui a garantia de funcionamento dos serviços durante a Black Friday e outras datas comemorativas.

Para isso, diagnósticos de TI constantes ajudam a identificar inconsistências nos sistemas, conforme demonstramos neste artigo do blog. Entre as áreas que precisam ser avaliadas, estão storage, performance de backup, otimização da infraestrutura, integração de sistemas, entre outros pontos. Nessa realidade, há outros investimentos em tecnologia que podem contribuir:

– Internet das Coisas – Ajudam na integração das lojas físicas e virtuais, coletando mais dados sobre o comportamento dos clientes, o que gera insights também para as compras online.

– Data Analytics – Trata-se de um imenso banco de dados de informações relevantes para o negócio, que exige tratamento para que se tornem dados estruturados. Isso ajuda na tomada de decisões mais inteligentes, baseadas na realidade e no histórico.

– Machine Learning – Ajuda a prever a dimensão e o volume de clientes que serão atendidos nos picos da Black Friday. Para isso, usam o histórico de dados armazenado no Analytics.

– Inteligência artificial – Das recomendações de compra à percepção de produtos parados em carrinhos, essa tecnologia pode ser o toque final para incentivar o consumidor a fechar um negócio.

– Serviços na nuvem – Neste artigo, falamos da nuvem para o mapeamento de ativos de TI. Mas ela traz outros benefícios: “a tecnologia ganhou corpo pelos resultados diretos que trazem às empresas, como a melhora da gestão, o aumento de produtividade e de segurança. Outra possibilidade é a estabilidade e a escalabilidade, com serviços sempre disponíveis e que podem ser ampliados ou reduzidos conforme a necessidade”.

Como pode se perceber, trata-se de um trabalho que não acontece da noite do dia. É preciso ter planejamento e fazer os investimentos necessários em infraestrutura, soluções e testes para se chegar a um padrão que replique a realidade que será encarada neste período. Só uma ação organizada evita a instabilidade na Black Friday em e-commerces.

O think time

No meio de TI, “Think Time” é a definição do tempo usada para simular o comportamento de um usuário real. Nesse sentido, é importante que os sites tenham conhecimento deste think time para ações de login, busca, fechamento do pedido, pagamento, entre outras ações no ato de compra online.

Os testes realizados pelas organizações para dimensionar a capacidade de um site precisam considerar essa situação. Se as verificações executadas não seguirem o padrão humano, acabam não trazendo insights reais para os executivos, criando um cenário irreal.

É possível que essa situação que não reflete a realidade ajude os negócios a estruturarem sua demanda para um volume ainda maior, assim como não dimensionarem da maneira correta. Para isso, o cuidado está em planejar o teste para que ele efetivamente simule a realidade daquela data, projetando possível instabilidade na Black Friday.

Por isso, o think time de um usuário e a sua forma de navegação ajuda a dimensionar o tempo de resposta necessário e os ajustes para suportar a demanda.

Quer saber qual o caminho para preparar seu e-commerce para a Black Friday? Conheça o nosso guia, com as principais dicas para o seu negócio! Baixe o seu material!

Quer ver o pacote de soluções para preparar sua TI para Black Friday? Veja aqui