Como a inteligência artificial pode ser usada em hospitais?

Listamos 7 possibilidades da aplicação da inteligência artificial em hospitais: confira
quais são

O uso da inteligência artificial se relaciona automaticamente com segmentos mais voltados à produção, como a indústria, o agronegócio, a logística, entre outros. É comum que a mescla de big data, inteligência artificial e machine learning seja acompanhada do sufixo “4.0”, em uma alusão à revolução industrial, o primeiro setor a se beneficiar do uso da tecnologia.

Nosso blog, inclusive, tem alguns artigos sobre o assunto:

Machine Learning na indústria

O impacto da Internet das Coisas no agronegócio

No entanto, a inteligência artificial em hospitais – e no setor de saúde em geral – pode trazer muitos benefícios administrativos e, principalmente, para os pacientes. Um levantamento da consultoria Acumen Research estimou que o mercado global da inteligência artificial no setor de saúde deve crescer US$ 8 bilhões até 2026.

A grande dúvida é: como deve ser o desenvolvimento da inteligência artificial em hospitais? O principal propósito deste tipo de tecnologia é fazer com que as pessoas passem menos tempo nas salas de espera e recebam o atendimento que merecem.

Como já abordamos neste artigo a respeito do setor farmacêutico, o big data propicia ganhos para o setor farmacêutico, seja com uma medicina de precisão, identificação de sazonalidades e tendências, customização e remédios, redução de custo no desenvolvimento de remédios e um controle mais efetivo em ensaios clínicos.

Agora, vamos dar alguns exemplos dos “hospitais 4.0” ao longo deste artigo.

1) Apoio no atendimento

Quando se está em um consultório ou hospital, o paciente espera ter a atenção devida do profissional. Há muitas aplicações e plataformas de tecnologia capazes de acompanhar a consulta, fazer as anotações e convertê-las em texto escrito a partir da inteligência artificial.

É comum que essas ferramentas sigam um protocolo, criando um documento padrão, que tornará mais fácil o acesso às informações tanto por parte das máquinas quanto pelas pessoas.

2) Adequação do tempo de espera e do fluxo de atendimentos

Um dos grandes desafios dos hospitais é adequar o fluxo de pacientes e o tempo de espera. Existem diferentes protocolos, como o de Manchester, que facilita a triagem conforme a gravidade de casos. Na teoria, parece perfeito, mas, na prática, a realidade é distinta.

Plataformas automatizadas podem ser usadas para coletar informações dos pacientes (pressão, batimentos cardíacos e outros critérios) visando identificar ocorrências mais graves. Além disso, os dados do próprio sistema das instituições de saúde podem ser usados de modo a controlar o ingresso de pacientes nos pontos de atendimento, deixando a equipe menos sobrecarregada.

A informação do total de pacientes atendidos e de espera auxilia até mesmo para que os serviços de atendimento a emergências e urgências possam direcionar pacientes a locais mais adequados. Dessa forma, a inteligência artificial em hospitais simplifica a gestão de espaços, a disponibilidade de equipes e profissionais e o planejamento da demanda, tornando a administração mais eficiente e transparente.

3) Controle do histórico de paciente

Imagine a seguinte situação: um paciente chega ao hospital em um quadro cardíaco grave. Ter o maior volume de informações de início vai tornar o atendimento muito mais assertivo. Por isso, os sistemas e os dados podem ser usados para manter um controle eficiente do histórico dos pacientes.

Com a evolução dos scanners biométricos, pode-se, por exemplo, ter o paciente vinculado pela biometria. Isso permite aos enfermeiros e outras equipes coletarem dados mesmo se a pessoa estiver desacordada ou sem um acompanhante.

Essa informação pode evitar a aplicação de determinados medicamentos em pacientes com histórico de alergias, por exemplo, e permitir identificar a quais procedimentos ele já foi submetido.

4) Melhoria do diagnóstico

Há diversas plataformas de machine learning e inteligência artificial em hospitais sendo usadas para melhorar o diagnóstico de pacientes. A ideia, por óbvio, não é que a tecnologia substitua o profissional de saúde, mas que seja um ponto de apoio.

Softwares especializados são capazes de identificar padrões e fazer avaliações de dados dos pacientes, trazendo insights para o profissional no momento do diagnóstico.

Durante a pandemia, ferramentas com automação foram usadas para acelerar o diagnóstico de e de sua gravidade a partir da leitura dos raios-x do pulmão de pacientes. 

Da mesma forma, os softwares de inteligência artificial podem ser um grande apoio em diagnósticos, inclusive de câncer, visto que conseguem identificar tecidos com tumores de forma mais rápida que biópsias.

Uma pesquisa de 2016 – antes da grande evolução vivida pela tecnologia – mostrou que o suporte da inteligência artificial diminui as chances de diagnósticos errados de médicos em 85%. Como o machine learning evolui com o tempo e o aprendizado contínuo, é provável que o diagnóstico seja mais preciso hoje.

5) Dispositivos vestíveis: mais informações sobre os pacientes e monitoramento virtual

Atualmente, boa parte das pessoas conta com smartwatches ou outros dispositivos vestíveis. Esses equipamentos contemplam informações muito importantes sobre os pacientes. 

Com a troca de dados entre dispositivos via Internet das Coisas, é possível monitorar um paciente sem que ele necessariamente esteja no hospital, abrindo caminho para um cuidado e monitoramento virtual.

O FDA (órgão equivalente à Anvisa nos EUA) já aprovou o uso de “pílulas inteligentes”. Elas conseguem monitorar determinadas informações do corpo de um paciente e emitir alertas para os seus cuidadores ou enfermeiros.

6) Dosagens de remédios sob medida

No atendimento às pessoas, calcular a dosagem exata de remédios pode ser a diferença entre a vida e a morte. As variáveis dependem do gênero, peso, gravidade, diagnóstico, entre outros pontos diversos.

Por isso, a inteligência artificial é capaz de tornar muito mais efetivo e automatizado o controle deste tipo de informação. Com isso, há a indicação da dosagem de remédio exata para gerar o bem-estar e evitar outros tipos de repercussões graves.

7) Cirurgias assistidas por robôs

Quem é mais preciso: o homem ou a máquina? Sim, por mais talentosos e esforçados que sejamos, um homem terá mais chances de errar do que um robô – se ele for devidamente programado, evidentemente.

Por isso, uma das possibilidades da inteligência artificial em hospitais é a realização de cirurgias assistidas por robôs. Em vez de usar as mãos para comandar um procedimento, um cirurgião estará munido da sua experiência e da tecnologia (câmeras, braços mecânicos e instrumentos adequados) para realizar os procedimentos mais precisos possíveis.

Resultado? Cirurgias menos invasivas, com maior índice de sucesso, recuperação mais tranquila e pacientes mais satisfeitos!

O futuro prevê grandes possibilidades para o segmento de saúde e, consequentemente, para os pacientes. No entanto, para obter este tipo de vantagem competitiva, as instituições da área necessitam investir em tecnologia e estruturar seus sistemas de modo a permitir esse tipo de automação e suportar a demanda de dados.

Conte com a Inove Solutions para o diagnóstico e consultoria para acompanhar as demandas do seu negócio e garanta os benefícios da inteligência artificial em hospitais!

Como aumentar a segurança dos dados dos meus clientes?

Brechas nesta área levam a danos econômicos e de reputação de uma empresa, o que
exige o estabelecimento de regras claras para reduzir os riscos aos quais as
organizações estão expostas

O custo médio de uma violação de dados em 2023 foi de US$ 4,45 milhões, de acordo com uma pesquisa realizada pela IBM. O número representa um aumento de 15% ao longo dos últimos três anos e joga luz sobre a necessidade das empresas em ampliarem a segurança dos dados dos seus clientes. Não à toa, o estudo indica que mais da metade das corporações (51%) devem aumentar os investimentos neste setor.

Ter sucesso em ampliar a privacidade dos dados dos clientes vai muito além de reduzir custos envolvidos em violações e eventuais multas que possam ser aplicadas. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que está em vigor desde 2020, determina as regras para tratamentos de dados. No caso de descumprimento, as multas podem chegar a R$ 50 milhões.

As preocupações na área englobam também aspectos de reputação, que podem interferir tanto na forma como as corporações são vistas pelos clientes quanto no estabelecimento de novos prospects no futuro. Para companhias de capital aberto, isso pode até mesmo influenciar no valor das ações.

Mas qual a consequência para os clientes?

Impacto da privacidade de dados para os clientes

Para as empresas, garantir a privacidade de dados se tornou um aspecto de sobrevivência em um mundo cada vez mais competitivo e no qual as companhias se tornaram alvos prioritários de ataques cibernéticos. Eventuais danos ocorrem no presente – gerando prejuízos, multas e necessidade de soluções imediatas – e no futuro, especialmente nos aspectos de reputação.

Para os clientes, porém, ter sucesso na segurança dos dados é fundamental sob as perspectivas de segurança e privacidade. Essas informações podem ser usadas para cometer diversos crimes – fraudes, extorsões, entre outros – e gerar variados tipos de problemas, além da violação de privacidade. Não é incomum que os dados invadidos apareçam em anúncios ou propagandas invasivas.

Entre os tipos de ataques cibernéticos mais comuns, encontram-se:

Malwares – Softwares maliciosos capazes de roubar dados, criptografar arquivos ou causar outros danos.

Ransomwares – Malwares que criptografam arquivos e exigem um resgate para desbloqueá-los, mediante um pagamento.

Vulnerabilidades de sistemas – Fraquezas nos sistemas que podem ser explorados por hackers para roubar dados.

Ameaças internas – Falhas dos colaboradores em suas operações, como perda de senhas e não uso de autenticação em dois fatores, acessos não autorizados e uso de redes wi-fi públicas.

Dicas para garantir a segurança dos dados

1) Saiba quais dados você está coletando

Só é possível proteger dados se a companhia tiver ciência de quais são eles e onde estão armazenados. Nesse ponto, é importante entender a diferença entre dados:

– Públicos são aqueles divulgados abertamente, como comunicados e declarações;

– Internos envolvem questões relacionadas à operação, como orçamentos, projetos, processos, estratégias;

– Confidenciais se referem a dados pessoais, informações de saúde e financeiros, além de outros registros de ordem pessoal;

– Restritos são as senhas e propriedades intelectuais.

Quanto maior a sensibilidade dos dados, maiores as preocupações e cuidados a serem adotados em relação ao seu acesso.

2. Colete apenas o necessário e limite o acesso

O melhor caminho para reduzir os riscos é coletar apenas as informações consideradas essenciais para o seu negócio, incluindo aspectos financeiros e de atendimento, assim como marketing e retenção de clientes.

Cada departamento do negócio só pode acessar aqueles dados considerados fundamentais para desempenhar o seu trabalho. A mesma lógica se aplica dentro da hierarquia da organização. Existem ferramentas específicas, chamadas de IAM, que gerenciam níveis de acesso e permissões.

3. Realize auditorias constantes

Analise constantemente os dados que são coletados e como eles são classificados em auditorias periódicas. Esse trabalho pode incluir revisões de processos adotados pelas empresas em relação aos processos adotados e ao acesso aos dados por parte dos colaboradores.

4. Criptografia é regra

É obrigação do seu negócio fazer uma criptografia dos dados, independentemente de onde estejam armazenados. Se esse trabalho for bem executado, evita-se que os hackers consigam acessar as informações, mesmo que haja uma brecha de segurança.

5. Aposte nas boas tecnologias

Filtros de spam evitam ataques de phishing e atualizações de antivírus e antimalwares ampliam a segurança em relação a outras ameaças. Além disso, é claro, há a necessidade de implementar medidas de segurança técnicas e organizacionais, caso do uso de firewalls, de antivírus e de outras ferramentas.

6. Backup periódico

Ataques de perfil ransomware jogam com a possibilidade de a empresa não ter as informações sequestradas em fácil acesso. Se a política de dados incluir a realização de backups periódicos, praticamente elimina-se o risco de perda dos dados.

7. Atualização de todos os softwares

Boa parte das big techs e empresas que operam no setor de tecnologia fazem atualizações constantes de seus softwares, realizando correções que, muitas vezes, estão relacionadas a vulnerabilidades. Portanto, procure manter todas essas soluções em suas últimas versões.

8. Treine sua equipe

Um filtro de spam será facilmente vazado se as pessoas não forem devidamente treinadas. Por mais evoluída que esteja a tecnologia, é dever da corporação capacitar as pessoas sobre cibersegurança.

O fator humano costuma estar presente com frequência e deve tentar ser minimizado em relação às boas práticas de e-mail, construção de senhas fortes, adoção de autenticação de dois fatores, uso de redes wi-fi públicas, entre outros cuidados.

O treinamento deve incluir uma parte de resposta a incidentes, no caso de vazamento de dados.

9. Defina uma política transparente de dados

Todos os clientes, colaboradores e negócios que se envolvem com a sua empresa precisam ter ciência da forma como a corporação trata e protege os dados. Esta política deve incluir quais são os usos dos dados, assim como a forma de coleta, armazenamento e proteção.

Vale ressaltar: se houver atualizações, é preciso que os clientes sejam informados.

10. Faça testes constantes

Periodicamente, a empresa deve realizar testes de segurança, visando identificar e corrigir eventuais vulnerabilidades descobertas em seus próprios sistemas ou nos de terceiros.

11. Equipe de TI especializada

A equipe interna deve atuar em parceria com empresas terceirizadas para construir uma estrutura de tecnologia da informação capaz de lidar com as demandas de segurança dos dados, envolvendo pessoas, sistemas e processos. Este time atua de maneira a fiscalizar constantemente as práticas de segurança e garantir o seu total funcionamento.

Não é segredo que a segurança dos dados é um processo em transformação constante em função da mudança do perfil de ataques cibernéticos e da evolução dos softwares. Com a dependência maior de dados por parte das corporações, é preciso atuar de forma preventiva visando proteger não só os negócios empresariais como a privacidade dos clientes.

Fale com um de nossos especialistas e saiba como a Inove Solutions trabalha para garantir a segurança do seu negócio!