Quais tecnologias podem impulsionar as cooperativas de crédito?

Automação de processos, melhoria dos bancos de dados, avanços em machine learning, uso de chatbots e infraestrutura em nuvem são algumas das possibilidades dessas instituições financeiras

Embora temas como metaverso, robôs autônomos e outros estejam na boca de muitas organizações, a inovação em cooperativas passa muito pela maior capacidade de organização e melhoria de seus processos internos. Automação de processos, melhoria dos bancos de dados, pequenos avanços em machine learning, uso de chatbots e infraestrutura em nuvem são questões mais próximas da realidade.

As cooperativas de crédito são vistas pelos especialistas como ambientes bastante tradicionais, a exemplo de empresas familiares, o que faz com que as inovações ocorram de forma mais controlada, gradativa e lenta. Trata-se de um ambiente mais restrito do que de startups ou empresas de tecnologia, no qual a inovação integra o DNA, com busca de melhorias constantes dos processos.

Apesar disso, a necessidade de transformação digital fez com que muitas dessas instituições passassem a buscar resultados mais efetivos a partir da inovação. Isso foi associado à tentativa de construir uma cultura de inovação, que, neste ambiente, está diretamente relacionada à criação de programas específicos.

Essas iniciativas são bem-vistas e auxiliam as cooperativas de crédito a encontrar soluções por abrirem espaço para os erros e as experimentações, algo que era visto como negativo anteriormente e passou a ser incentivado por muitas lideranças. Com isso, esses programas contribuem para formar gestores, fomentar novas ideias e dar um fluxo para a sua análise e desenvolvimento.

O sucesso do cooperativismo impacta diretamente a economia do Brasil, um país que conta com 4.880 cooperativas e 18,8 milhões de associados (quase 10% da população), além de empregar quase 500 mil pessoas, conforme os dados da OCB.

Em busca de resultados mais promissores

Uma pesquisa realizada em 2021 pelo Sistema OCB (Organização das Cooperativas do Brasil) mostrou que o cooperativismo tem ânsia em inovar. Das quase 500 instituições que participaram do estudo, 84% afirmaram que consideram a inovação “importante para o crescimento e o desenvolvimento do setor”.

Em um ambiente tradicional, essa perspectiva de transformação é vista com bons olhos. Ela está se consolidando por mostrar resultados: 88% das cooperativas registraram performance positiva após a implementação de projetos inovadores, como melhoria de processos internos, criação de novos produtos e serviços e incremento do faturamento.

Há diferentes setores no qual as inovações estão sendo buscadas nas cooperativas: atendimento ao cliente (64%), marketing e comunicação (60%), tecnologia (53%) e comercial (45%) aparecem com destaque.

Apesar do interesse em melhorar, as cooperativas em geral ainda sofrem com lapsos de criatividade: 42% delas relatam falta de ideias e projetos e somente 29% destinam recursos para a área de inovação. O que demonstra a importância dos programas de inovação neste ambiente, além da aproximação de pessoas de diversos perfis e setores para entender e discutir os problemas e buscar soluções.

A importância da TI para cooperativas de crédito

O momento vivido pelas cooperativas de crédito é semelhante ao de muitas empresas, especialmente após as dificuldades enfrentadas na pandemia. A necessidade de home office fez com que muitas tivessem que buscar soluções em diferentes áreas, entendendo o departamento de Tecnologia da Informação como um elemento estratégico para o seu negócio.

Para isso, é importante que a TI se foque em atividades de alto valor, que possam repercutir diretamente na performance do negócio, conforme abordamos neste artigo. Algumas tecnologias e suas aplicações estão sendo usadas nas cooperativas de crédito e de outros segmentos:

Inteligência Artificial – Visa garantir que processos repetitivos (fiscais, por exemplo) possam ser automatizados, dando mais agilidade e velocidade no desempenho de tarefas nas quais os ativos humanos perdem muito tempo e cometem muitos erros. É de grande apoio no chamado RH 4.0, no preenchimento de notas fiscais, entre outras questões.

Machine Learning – São soluções desenvolvidas para a máquina aprender conceitos, padrões e encontrar soluções, por meio de análises, testes e observações. Dentro do sistema financeiro, o ML facilita a análise de risco, a modelagem de crédito e a prevenção contra fraudes, otimizando a atuação das cooperativas de crédito e ampliando a segurança do negócio.

Chatbots/assistentes virtuais – Cada vez mais, os clientes estão buscando atendimentos pelos canais mais diversos: redes sociais, whatsapp, telefone, SAC, site… As possibilidades são inúmeras e atender múltiplos usuários de forma simultânea é um desafio para qualquer negócio.

Nesse sentido, os chatbots/assistentes virtuais têm aparecido como uma solução para garantir respostas 24 horas em todos os dias da semana, otimizando o atendimento de questões simples e direcionando situações complexas para as pessoas.

Analytics/Big Data – Baseado em dados do próprio negócio, é possível identificar oportunidades de melhorias, com dados precisos para a tomada de decisões. Na comparação com outras empresas do setor, é possível aplicar a tecnologia como benchmarking para otimizar a performance.

Sua aplicação é variada: no segmento financeiro, auxilia na identificação de padrões de comportamento; em RH, auxilia a encontrar o perfil ideal para a vaga; no agro, fazer projeções de resultados atreladas à realidade nas mais variadas condições.

Infraestrutura em nuvem – Propicia o trabalho remoto, com a separação dos locais de armazenamento e processamento. Além disso, amplia a segurança (e o compliance dos dados de cooperados), a eficiência e a economia de recursos no médio e longo prazo.

Por muitos anos, as cooperativas foram entendidas como um ambiente fechado, sem espaço para erros e restrito à inovação. A realidade, porém, é que a necessidade de transformação digital e a competitividade fez com que, do campo às instituições financeiras, essas organizações buscassem evoluir em processos e em investimentos para continuarem sua expansão.

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Nuvem verde: entenda como migrar para cloud pode ajudar na redução da emissão de carbono

Setor de TI deverá incluir estratégias para reduzir o consumo de energia e contratar serviços mais atrelados às tendências de sustentabilidade, impulsionando a chamada nuvem verde

Boa parte das principais empresas globais está se movimentando para mitigar os seus impactos ambientais. Existem diferentes especificidades em relação a essas práticas para cada segmento, incluindo o de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). As mudanças decorrem de exigências governamentais e cobranças de clientes e fornecedores, o que impulsiona a nuvem verde na área de TI.

As estimativas do Boston Consulting Group são de que o setor de TI responda por entre 3% e 4% das emissões totais de CO2, o que significa o dobro do setor de aviação. Se não forem adotadas medidas, esse porcentual poderá atingir 14% em 2040. Com o maior volume de uso de dados pelas empresas, há uma perspectiva de que os Data Centers respondam por 8% do consumo de eletricidade global.

Um estudo da consultoria Allied Market Research aponta que o segmento de data center deve sair dos US$ 187,3 bilhões em 2020 para US$ 517,1 bilhão em 2030. Trata-se de um crescimento anual de 10,5% em uma década. É justamente esse o motivo por trás da nuvem verde, que se dissemina entre as empresas do setor em uma tentativa de mitigar impactos.

Trata-se de uma iniciativa que visa encontrar meios para reduzir os impactos do setor no meio ambiente, especialmente no consumo de energia elétrica, uma transição buscada por todas as indústrias em resposta às exigências futuras.

Nessa jornada, há alguns caminhos que devem se tornar comuns: aumento da chamada infraestrutura como serviço (IaaS), que retira os data centers dos escritórios; migrações para serviços totalmente na nuvem; incremento e melhoria da aplicação de logística reversa dos materiais usados na fabricação dos componentes de TI – o que requer um inventário sempre atualizado.

A IaaS permite que nunca haja sobrecarga e capacidade subutilizada dos serviços, visto que a contratação e o uso consideram a demanda. Com isso, há uma redução de custos sem afetar a eficiência empresarial.

O caminho verde para o futuro

Uma das propostas adotadas por empresas de TI rumo a um futuro verde é a migração de data centers para as nuvens públicas. Uma estimativa da Accenture aponta que essa mudança pode reduzir as emissões de CO2 em 59 milhões de toneladas – o equivalente a tirar 22 milhões de veículos das ruas, o que se enquadra nas iniciativas sustentáveis de empresas com extensivo uso de dados.

Não se trata apenas de reduzir o nível de equipamentos adotados nos escritórios empresariais, a mudança para a nuvem verde abre oportunidades para a discussão de outros temas que impactam o setor de TIC: a transição para energias mais limpas (solar, eólica e hidráulica; redução de desperdícios de materiais; melhoria da logística reversa, incluindo de data centers; e inovações em P&D para melhor uso de dados).

O caminho para a nuvem verde e outras estratégias ambientais parece ser uma direção sem volta para as companhias do segmento: mais de 99% dos CEOs de empresas grandes concordaram que a “sustentabilidade é um ponto crítico para o sucesso futuro dos seus negócios”, de acordo a Accenture:

– 59% afirmam que pretendem implementar uma política de baixo carbono e energia renovável;

– 44% devem tentar zerar as emissões referentes ao seu consumo de energia nos próximos dez anos;

Essa é mais uma prova de que a TI está envolvida em ações de alto valor em diferentes perspectivas empresariais.

Fatores para a transição para a nuvem verde

No momento de escolher seus parceiros e fornecedores, as empresas potencialmente seguirão alguns critérios muito claros:

– Escolha por um provedor de carbono neutro ou negativo;

– Fontes de energia renováveis em vez de cotas de compensação de carbono;

– Compromisso com uma infraestrutura mais eficiente em termos energéticos: rede e servidores, edifícios para escritórios com certificações ambientais, gerenciamento de água;

– Inclusão de calculadoras de carbono ou relatórios periódicos de emissões para acompanhar o seu impacto, até mesmo em tempo real;

Quais as vantagens da nuvem verde?

Existem alguns benefícios em fazer essa transição. Veja alguns deles:

– Economia de insumos – Nos últimos anos, o Brasil enfrentou aumentos constantes na tarifa de energia, um insumo necessário a qualquer organização hoje em dia. Conseguir otimizar esse consumo resulta em uma redução de custos.

– Promoção de eficiência energética – O gerenciamento de aplicativos pode ser migrado para a nuvem, reduzindo a necessidade de energia. Muitos dos data centers “profissionais” contam com tecnologias que desativam os servidores se não houver troca de dados, o que garante uma redução em comparação com o seu uso tradicional.

– Mais eficiência de custos – IaaS e SaaS (software as a service) permitem que as empresas selecionem os serviços necessários e os escalem quando houver necessidade. Trata-se de uma iniciativa inteligente dentro desta perspectiva, permitindo que várias organizações ou unidades de negócio compartilhem da mesma infraestrutura.

– Redução de danos ambientais – Estima-se que quinze computadores ligados todos os anos equivalem ao impacto para o meio ambiente de um carro médio. Quando se cria programas para gerenciar a energia a partir da computação em nuvem, obtêm-se resultados positivos. Quanto maior o volume de energia de fontes renováveis, maior a sustentabilidade.

– Inspiração para funcionários – Muitas pessoas preferem trabalhar em empresas que compartilhem os mesmos valores que os seus. A sustentabilidade é um aspecto que ganha mais peso, seja na escolha dos alimentos ou determinando onde se trabalha. Esse cuidado se torna inspiração e contribui para a retenção de muitos talentos.

– Manutenção de clientes – Em muitos negócios, o compliance ambiental é um diferencial. Por isso, empresas que mitigam os seus danos e expõem essas informações de maneira responsável (normalmente em relatórios de sustentabilidade) conseguem manter clientes com mais facilidade, além de obterem ganhos de imagem como uma empresa responsável ambientalmente.

A transição para a nuvem verde é um caminho sem volta. O que o seu negócio está fazendo para acompanhar essa tendência?

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Como a operação em nuvem permite mapear ativos mais facilmente?

Ao mapear ativos, a empresa consegue gerenciar todos os seus componentes tecnológicos, obtendo controle total dos recursos, evitando desperdícios e promovendo um gerenciamento inteligente da TI. A elaboração de um inventário de TI é um caminho adotado por muitas empresas para conseguir gerenciar a TI, reduzir custos e inovar o parque tecnológico. Este documento reúne todos os ativos de um negócio (software, hardware, licenças, dispositivos) de modo a entender como essa estrutura atende aos objetivos atuais e o que precisa ser evoluído para permitir o desenvolvimento dos planos futuros. Abordamos o tema neste artigo.

A partir do inventário de TI, é possível partir para uma gestão de ativos de TI. Trata-se de uma busca pela otimização dos processos pela perspectiva da administração dos elementos de software e hardware, identificando quais são, onde estão e suas principais características. Esse processo pode ser gerido de forma muito mais inteligente com as soluções na nuvem.

Ao mapear ativos, a empresa consegue gerenciar todos os seus componentes tecnológicos, evitando desperdícios e tornando os dispositivos e soluções mais longevos, pois estabelecem uma rotina organizada de manutenção e atualizações dos aplicativos. Essa medida resulta em economia de tempo e de dinheiro, visto que otimiza o investimento necessário para se tornar (ou seguir) competitivo dentro de um segmento, garantindo que a equipe se envolva em ações de alto valor.

Na nuvem, esse mapeamento pode trazer novos insights para a organização, identificando soluções e dispositivos usados com mais frequência e aqueles que podem ter ficado em um segundo plano. Com isso, é possível entender o comportamento dos usuários e como os ativos estão sendo usados pela companhia, abrindo novas oportunidades de melhorias para os colaboradores e de redução de custos. 

A arquitetura em cloud permite ainda a utilização de TAGS capazes de identificar o centro de custo que está utilizando a nuvem e com isso permitir uma melhor gestão  e possibilitar cálculo do ROI (return on investment) de cada área, retirando todo o custo de nuvem apenas da área de TI.  

Operação em nuvem

Para muitas organizações, o uso da nuvem é uma maneira rápida, eficaz e segura de garantir a oferta de soluções em ambientes distribuídos. Atualmente com o novo perfil de trabalho híbrido a maioria das organizações estão olhando novamente para seus ativos, a fim de reestruturar ativos e softwares para operarem em diferentes contextos, inclusive em home office.

Com as informações na nuvem, é possível visualizar, monitorar e analisar todos os ativos e serviços em um único lugar, independentemente de onde foram usados. Essa visão integral garante uma maior capacidade de tomada de decisões, especialmente se houver um alinhamento com as estratégias de negócios para o futuro, que exigem novos investimentos.

No caso da infraestrutura e das aplicações em cloud (nuvem), a tecnologia ganhou corpo pelos resultados diretos que trazem às empresas, como a melhora da gestão, o aumento de produtividade e de segurança. Outra possibilidade é a estabilidade e a escalabilidade, com serviços sempre disponíveis e que podem ser ampliados ou reduzidos conforme a necessidade.

Não à toa, as soluções de cloud estão em plena expansão. Uma pesquisa do Instituto Gartner mostrou que, em 2022, mais de US$ 1,3 trilhão foram investidos na migração para a nuvem. Em 2025, esse aporte deve chegar a US$ 1,8 trilhão.

A relação entre nuvem e o mapeamento de ativos

O inventário e a gestão de ativos de TI é um trabalho que precisa ser mantido de forma contínua, visto que a organização segue adquirindo dispositivos, incluindo novas soluções para os seus colaboradores. Parece simples, mas essa gestão contempla todos os dispositivos físicos e virtuais de um negócio, assim como contas e usuários em múltiplas plataformas. 

Em outras palavras, trata-se de uma grande e relevante base de dados, que traz muitas informações cruciais sobre um negócio e como ele pode se tornar mais efetivo. A adoção de soluções na nuvem simplifica essa tarefa, inclusive dando a possibilidade de análises mais profundas, com cruzamentos de dados considerando os ativos conforme determinados períodos.

Essa transição para mapear ativos na nuvem deve ser feita de forma cuidadosa, dando atenção especial à participação de toda a estrutura diretiva e de seus colaboradores.

Afinal de contas, toda a organização precisa entender os motivos das mudanças e como elas impactam – e se interferem – na rotina diária. Além disso, a comunicação deve ser clara sobre a coleta de dados, que serão fundamentais para mapear os ativos e o seu uso e como se darão as fases de início, transição e quais as alterações potenciais para as pessoas em sua rotina. Isto pode ser automatizado utilizando uma plataforma de change management como uma CMDB (Banco de Dados de Gerenciamento de Configuração), que oferece suporte aos processos de gerenciamento de serviços, principalmente relacionados a Incident, Problem, Change, Release e Asset Management.

Funcionalidades importantes para mapear ativos

Ao se buscar soluções para mapear ativos mais facilmente, algumas funcionalidades são interessantes, tais como:

– Oferecer uma visão geral do inventário de ativos, permitindo a criação de subgrupos ou sua própria maneira de administrar todos, com filtragem rápida e simples para o operador, o que vai facilitar as análises;

– Coletar dados dos recursos e permitir a realização de cruzamentos de seus usos, compreendendo novos cenários;

– Emitir alertas de detecção de riscos, como falhas de segurança e outras possíveis vulnerabilidades, preservando dados e outras informações do negócio;

– Integrar dados com outros softwares de gestão, como ERP e outras ferramentas usadas na administração das organizações;

– Gerar gráficos, dashboards e outras maneiras de visualização de forma rápida e efetiva.

A gestão de ativos na nuvem se torna mais efetiva, seguindo uma estrutura de Infraestrutura como Serviço (IaaS, na sigla em inglês). A escalabilidade é um dos principais diferenciais, visto que se paga somente pelo que é usado, com despesas meramente operacionais, segurança e disponibilidade integral.

Ou seja, mapear ativos na nuvem permite aos executivos tomar decisões com as informações mais seguras e com um cruzamento de dados a partir do real uso de soluções e dispositivos. Dessa forma, a TI se torna um verdadeiro ponto de apoio efetivo para a empresa e contribui para a organização como um todo, otimizando todos os ativos, incluindo a força de trabalho dos recursos humanos.

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