Saiba o que é ChatGPT e como usá-lo

Novidade na área de inteligência artificial opera de forma semelhante às assistentes virtuais; apesar do lançamento em fase de testes, tecnologia tem enorme potencial a ser explorado pelos usuários

Lançado em novembro de 2022, o ChatGPT passou a ser discutido com veemência. Uma das preocupações está em seu impacto sobre a maneira como vivemos e no mercado de trabalho, por exemplo, entre outras possibilidades.

A resposta dada pela própria tecnologia quando questionado como se define é: “Eu sou um modelo de linguagem baseado na arquitetura GPT (Generative Pre-trained Transformer) 3.5, desenvolvido pela OpenAI. Meu objetivo é gerar texto que pareça ter sido escrito por um ser humano”, diz.

De forma simples, trata-se de um sistema de inteligência artificial capaz de interagir de forma escrita. Tem um funcionamento semelhante ao das assistentes virtuais, como a Alexa e a Siri, mas com um algoritmo mais avançado, capaz de atividades mais complexas e de simular o contato humano.

O ChatGPT se diferencia dos chatbots tradicionais pela sua capacidade de aprender a partir dos feedbacks que recebe e do seu modelo de aprendizado contínuo. Com isso, ele é capaz de conversar de forma mais natural (reproduzindo os padrões humanos), entender os seus equívocos e muito mais.

A capacidade de aprender e de se comunicar com os humanos de forma natural traz à tona cenários apocalípticos de filmes de ficção científica, como Exterminador do Futuro e seu roteiro em que as máquinas dominam os seres humanos, ou a substituição do trabalho humano. No entanto, a tecnologia já começou a gerar efeitos imediatos, indo muito além de discussões teóricas e filosóficas.

O ChatGPT passou a ser adotado nas mais diferentes vertentes pelos usuários, inclusive por universitários para trabalhos de conclusão de curso, como auxílio para programação de sistemas, planejamentos diversos, ideias de desenvolvimento de conteúdo corporativo, entre tantas outras aplicações viáveis.

Quais as tecnologias por trás do ChatGPT?

Uma das questões recorrentes sobre a nova tecnologia é como ela consegue desenvolver respostas complexas e ser até mesmo criativa – está sendo aplicada para criar histórias infantis e letras musicais.

Os robôs vinculados ao ChatGPT acessam um banco de dados e de textos disponíveis na internet e os organizam para oferecer respostas lógicas – sempre seguindo o que já foi publicado previamente. A primeira versão disponibilizada pela OpenAI contava com dados publicados até 2021.

O próprio ChatGPT informa que: “Eu fui treinado em um grande conjunto de dados de texto, o que me permite responder a uma ampla variedade de perguntas e fornecer informações úteis em muitos tópicos diferentes. No entanto, apesar de minha habilidade em gerar texto, eu não sou um ser humano real e não tenho consciência ou personalidade próprias”.

E quais tecnologias permitem este modelo tão avançado?

– Processamento de Linguagem Natural (NLP) – Trata-se de um campo dentro do segmento de inteligência artificial, cujo foco está em garantir que o robô seja capaz de compreender e interpretar o ponto de vista do consumidor. É possível que ele seja configurado para seguir o padrão empresarial, uma linguagem específica ou diferentes características.

– Machine learning – Os modelos de aprendizado de máquinas permitem que o robô continue a aprender continuamente a partir do feedback dos usuários e de seus erros. Nesse sentido, ele usa um conjunto de dados (Big Data) e informações para processar este aprendizado contínuo e incrementar sua interação. Neste artigo, mostramos como o machine learning tem sido usado na indústria.

– Redes Neurais Artificiais (RNA) – É o sistema usado pela inteligência artificial para executar o que está preparado a fazer: no caso, interagir com os usuários. Junto a isso, agregam-se soluções de Conversational IA, visando trazer fluidez aos chatbots e entregar uma resposta natural.

Esses três tópicos contam com o suporte de servidores de alto desempenho e computação em nuvem para garantir respostas rápidas e eficientes aos usuários, além de alta disponibilidade.

As aplicações do ChatGPT

Em um primeiro momento, a ferramenta foi lançada em uma versão beta e gratuita. Há a perspectiva de que se lance um novo produto pago, que terá outras funcionalidades e acesso prioritário. Entretanto, mesmo a versão inicial já traz alguns indícios de como pode ser usada para além dos assistentes virtuais e chatbots tradicionais.

Veja algumas possibilidades:

– Tradução automática – Sim, existe a expectativa de que a ferramenta consiga traduzir de forma mais eficiente textos de uma língua para a outra. Da mesma forma, o ChatGPT também é capaz de revisar artigos em busca de erros gramaticais.

– Resumo de textos e livros – A tecnologia é capaz de fazer resumos e trazer os principais pontos de artigos e livros. Não à toa, tem sido amplamente usada no meio acadêmico.

– Desenvolver códigos – Já há relatos de programadores que aplicaram seus códigos à tecnologia e encontraram a solução para problemas.

– Histórias de dormir – Seu filho é do tipo que gosta de uma história para dormir? Muitos pais têm usado a tecnologia para encontrar bons contos para crianças.

– Explicar conceitos complexos – A capacidade de pesquisar em um grande volume de dados e resumi-los de forma eficiente permite facilitar a assimilação de conceitos complexos.

– Planejamento de dieta e de exercícios – Muitas pessoas têm usado a tecnologia para criar um cardápio e uma rotina de exercícios que se adaptem à sua realidade e preferências.

Como pode se perceber, as aplicações são muito variadas e dependem do interesse do usuário em relação à tecnologia e à criatividade.

Dicas de como aprofundar as respostas

Para quem já teve alguma experiência com a tecnologia, percebe-se que ela é programada para um determinado perfil de usuários, mas é possível tirar ainda mais dela.

Confira algumas dicas:

– Reformule as perguntas – Nem sempre a resposta da plataforma é a esperada pelo usuário. Por isso, insista nas questões até obter a resposta desejada.

– Peça para seguir – Caso haja algo faltando na resposta, é possível pedir para que ele a complemente com um comando simples como “continuar a resposta”.

– Descreva a complexidade da resposta – Você pode pedir para que ele dê uma definição de um conceito para uma pessoa que é especialista no tema. Este retorno será diferente do que simplesmente perguntar sobre o conceito, com uma abordagem muito mais complexa.

– Defina padrões específicos ou linguagens – É possível solicitar para que responda usando termos técnicos ou simplificando a linguagem ao máximo.

Apesar do avanço da tecnologia, é importante que o usuário saiba que não são incomuns afirmações incorretas, erros em números ou até suposições equivocadas. Nesse contexto, é importante que os retornos sejam revisados profundamente. Será que o ChatGPT pode apoiar o seu negócio?

Em sua versão gratuita, pode ser, inclusive, uma opção para pequenos negócios.

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Dicas de 6 tecnologias para pequenas empresas

Descubra como o seu negócio pode alavancar com tecnologias facilmente
implementáveis e ajustes na forma de enxergar a operação da área de TI

99% das empresas do Brasil são de pequeno porte, de acordo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o Sebrae. Esse grupo de aproximadamente 18,5 milhões de negócios responde por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e 72% de todos os empregos formais diretos criados.

Vamos entender os perfis de negócios considerados de pequeno porte:

– São 11,5 milhões de microempreendedores individuais (MEIs), cuja receita bruta anual não deve ultrapassar R$ 81 mil.

– As microempresas (ME) totalizam aproximadamente 6 milhões de negócios, com uma receita bruta anual que não deve superar os R$ 360 mil.

– As empresas de pequeno porte (EPP) somam 1 milhão de negócios, que devem ter um faturamento variável entre 360 mil e R$ 4,8 milhões.

Portanto, quando se fala em tecnologias para pequenas empresas, não necessariamente está se pensando em negócios familiares, com um número mínimo de colaboradores. Organizações de diversos perfis se enquadram no conceito de ME e EPP e, justamente pelo volume limitado de recursos, tendem a necessitar da tecnologia para alavancar os seus negócios.

Um novo contexto

O cenário de transformação vivido nos últimos anos abriu diversas oportunidades para as pequenas empresas melhorarem os seus negócios. Para ficar em apenas um exemplo, em cerca de dois anos, o Pix passou a ser o método de pagamento mais usado no Brasil, conforme o Banco Central. Se não houve adaptação, o seu negócio já ficou para trás, seja ele B2B ou B2C.

Mas esta mesma frente tecnológica elevou os riscos, visto que a competição para muitos não se restringe apenas às empresas de uma mesma cidade, mas aquelas globais. Muitos negócios observaram a disrupção que revolucionou setores já estabelecidos, como o de transporte de passageiros, hotelaria e até mesmo as trocas de mensagens via aplicativos gratuitos que evoluíram muito rápido.

Nesse cenário, a tecnologia para as pequenas empresas deve ser enxergada mais do que uma mera necessidade: é preciso estar atento às modificações do mercado e às exigências de consumidores para otimizar a forma de atuação atual e se reinventar constantemente, seguindo as novas demandas. E essas duas frentes precisam ser buscadas ao mesmo tempo!

Tecnologia para pequenas empresas: a importância dos processos

No entanto, a tecnologia de forma isolada está longe de ser um sinônimo de sucesso. A área de TI precisa ser incorporada aos processos decisórios da empresa – o que significa torná-lo estratégico para o negócio. Quanto mais proximidade do TI, maior a capacidade de solucionar dificuldades operacionais e de compreender o que precisa ser feito para tornar essas possibilidades viáveis e reduzir custos.

Na prática, a tecnologia ganha um papel estratégico nestes negócios sob várias óticas, inclusive a de garantir que a companhia possa se concentrar em seu core business, seja ele qual for.

Nesse sentido, muitas das questões estão mais relacionadas à arquitetura orientada a serviços (SOA, na sigla em inglês) e ao fluxo de processos do que a tecnologia em si. Por isso, além das tecnologias mencionadas, não se pode esquecer da criatividade, da experimentação, de processos e de modelos ágeis que tirem o melhor da tecnologia e das pessoas de forma simultânea.

1) Nuvem/Cloud – Investir em servidores e até mesmo em softwares “on premise” foge da nova realidade do segmento de TI. As empresas estão apostando em soluções oferecidas na nuvem – o que significa que não exigem qualquer instalação nas máquinas ou servidores locais. Com isso, ganha-se produtividade e eficiência, podendo escalar rapidamente produtos conforme a necessidade.

No contexto da pandemia, a nuvem ganhou muita relevância em função de permitir aos colaboradores trabalharem de qualquer local, incluindo o home office.

2) Sistemas de gestão – É comum que muitas organizações de menor porte ainda não tenham evoluído as suas ferramentas para a administração do negócio. Muitas das informações estão concentradas em planilhas desconectadas entre si, o que interfere na velocidade de circulação das informações entre departamentos e atrapalha a produtividade dos colaboradores.

Nesse contexto, a adoção de diferentes sistemas de gestão tende a concentrar as informações em um único ponto, fazendo com que o processo decisório seja mais eficiente, correto e ágil. Isso pode acontecer por meio de um sistema único e na nuvem, como um ERP, ou em plataformas com diferentes finalidades, mas que sejam conectadas entre si por meio de integrações, sem necessidade de instalação local.

3) Análise de Dados – Um passo depois de centralizar as informações em um único ponto é a possibilidade de análise de dados. Com o investimento nas plataformas adequadas, é possível fazer diferentes avaliações sobre o negócio (aspectos internos ou externos), com variadas finalidades (reduzir custos, por exemplo, ou avaliar o investimento para a aquisição de clientes).

Neste artigo, apresentamos como o Big Data tem sido usado nas empresas farmacêuticas.

4) Softwares livres – Muitas organizações têm buscado os chamados softwares livres. Trata-se de soluções que dão acesso ao seu código-fonte. Isso implica dizer que qualquer usuário pode executar, copiar, distribuir e mudar esta ferramenta, de acordo com o seu objetivo.

A escolha por esse modelo se deve à busca pela redução de custos, já que os softwares tradicionais costumam ter valores mensais, enquanto os livres permitem inovar a custo zero.

5) Automação – Quando se fala em automação, logo vem à mente grandes projetos complexos e de difícil execução. Para as empresas de pequeno porte, a ideia por trás da automação é ganhar tempo, dando mais tempo para que as pessoas possam se focar em outras atividades. Um exemplo de automação viável é o preenchimento automático de documentos fiscais, como as Notas Fiscais, por exemplo.

Descubra quais são as tarefas repetitivas na sua empresa e como elas podem ser automatizadas.

6) Atendimento ao cliente – Muitas empresas de menor porte conseguem se destacar perante concorrentes maiores devido à capacidade de atendimento.

Por isso, outras duas tecnologias que não devem ser esquecidas são o investimento em marketing digital (com ferramentas para automatizar esta gestão) e o uso de chatbots para garantir um atendimento unificado independentemente do canal escolhido pelo cliente.

Quais dessas tecnologias já estão integradas ao seu negócio? Não sabe como começar esta inovação? Descubra como a Inove Solutions pode te ajudar nesta empreitada!

Big Data e predições: o impacto que a gestão e a análise de dados podem promover no agronegócio

A aplicação de dados permite que as propriedades rurais consigam fazer uma gestão
inteligente do seu negócio, aumentando a produtividade, reduzindo custos e
otimizando a produção


O mercado de Big Data para a agricultura deve sair de US$ 0,9 bilhão em 2020 para
US$ 1,9 bilhão em 2030, com um crescimento anual estimado de 13,6%. Os dados são
da Fatpo Global. Em um primeiro momento, o conceito de Big Data se relacionou mais
à indústria, que já viveu diversas revoluções tecnológicas. No entanto, aos poucos,
notou-se que os benefícios se estendem à agricultura.

“Os motivos por trás desse crescimento incluem o desenvolvimento de mecanismos
em países em desenvolvimento, o aumento dos custos por falta de pessoas
qualificadas, o crescimento da pressão por alimentos em decorrência do aumento
populacional, busca de otimização de custos nas técnicas de cultivo e o apoio de
governos rumo ao avanço da agricultura”, diz a pesquisa.

O termo Big Data descreve o grande volume de informações que podem auxiliar uma
empresa – seja uma indústria ou uma propriedade rural – a tomar decisões mais
estratégicas e inteligentes. No campo, o alto volume de dados permite monitorar o
cultivo, a condição das plantas, a situação da terra e projetar os resultados de forma
realista.

Como mostramos neste artigo sobre a Internet das Coisas no Agronegócio, estima-se
que a população global chegue a 9,7 bilhões de pessoas em 2050, o que vai demandar
um aumento de 70% no volume de calorias disponíveis para consumo. Só vai ser
possível atingir esse nível de produção alimentar com a otimização dos recursos
existentes (água, terra e insumos) com o suporte de tecnologias.

Você sabe o que é nuvem verde? Entenda o conceito em nosso blog!


Gestão e análise de dados
Uma propriedade rural pode ter inúmeras tecnologias trabalhando a seu favor. A
disponibilidade de novos dispositivos traz facilidades que permitem ter uma visão
integral do cultivo do seu planejamento até após a colheita, incluindo a logística. Entre
as possibilidades usadas nas propriedades mais avançadas tecnologicamente, estão;

  • Plantio personalizado e planejado sob medida, baseado em GPS ou imagens aéreas;
  • Análise de imagens aéreas para obter o melhor proveito da terra e dos recursos
    disponíveis;
  • Tratores autônomos, seguindo o planejamento proposto;
  • Telemetria de equipamentos, repassando informações precisas sobre o plantio e a
    colheita;
  • Ajuste do cultivo à meteorologia e às condições e características do solo;
  • Insights sobre a criação de animais, como alimentação, evolução em peso, entre
    outros;
  • Automatização de tarefas de forma precisa e estruturada, como irrigação, controle de
    iluminação, disposição de ração para animais, entre outros;
  • Subsídios para as equipes que estão no campo, otimizando os recursos e o tempo dos
    colaboradores;


Para se chegar em um cenário no qual a propriedade rural está totalmente
automatizada e inteligente, uma agricultura 4.0, a gestão de dados é fundamental.
Todas essas tecnologias são importantes, mas é preciso que elas sejam integradas para
garantir os melhores resultados.

Nesse quesito, a aplicação dos dados é fundamental. É a partir da transformação de
dados brutos em inteligência que os gestores das propriedades rurais podem ter
informações precisas sobre o desempenho de sua propriedade, facilitando uma
tomada de decisão inteligente e estruturada. 
Além disso, cria-se a possibilidade de predição ou do estabelecimento de cenários, já
que a produtividade depende de diversos fatores que estão fora do controle, como
clima, quantidade de chuvas, entre outros. 

Redução de custos e maiores lucros

Um dos grandes desafios de qualquer companhia é tirar o melhor proveito possível de
seus recursos. O investimento em insumos, recursos e pessoas prioriza uma evolução
de performance. No caso de uma propriedade rural voltada à agricultura ou à
pecuária, uma das formas de potencializar lucros é reduzindo – ou otimizando – os
seus custos.

A aplicação do big data mesclada às tecnologias mencionadas anteriormente faz com
que se receba informações precisas e em tempo real. Quando se consegue ter sucesso
na separação de dados brutos e transformá-los em inteligência, os gestores vão
criando um histórico de informações, o que facilita não só as análises preditivas como
o planejamento do agronegócio.

É possível levantar o volume de ração comprada, de insumos aplicados no campo e, a
partir dessas informações, fazer um planejamento extremamente preciso, o que
revoluciona a forma de comprar e de gerir a propriedade. Todos esses dados são
fontes de informações, que devem ser usados de forma estratégica.

Vale ressaltar que a gestão de dados não está conectada apenas à produção
propriamente dita. Ela deve ser aplicada também a outros processos que interferem
diretamente no resultado, especialmente a parte logística. Em um país de dimensões
continentais como o Brasil, a possibilidade de dar mais inteligência à distribuição, seja
para o território interno ou exportação, é fundamental.

Os números do Brasil
Em 2022, o Valor Bruto da Produção (VBP) do Brasil deve crescer 2,6% em comparação
a 2021, de acordo com os dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. A
agricultura, por exemplo, tem um VBP projetado de R$ 886,2 bilhões em 2022, puxado
principalmente pelo incremento da produção de trigo e as boas perspectivas.

No caso da pecuária, estima-se uma ampliação de 2,7% do VBP, puxado pelo aumento
da produção da carne bovina. Quando se somam as projeções da agricultura e da
pecuária, estima-se que, em 2022, o valor supere os R$ 1,3 bilhão.

Com a grande capacidade de produção do país, muitos agricultores optam por vender
para o mercado externo. Quando se observa o volume de exportações do agronegócio
em 2022, houve um grande aumento de vendas para o mercado exterior. Em
novembro deste ano, por exemplo, a evolução foi de 61,3%, totalizando US$ 14,3
bilhões. Os dados podem ser consultados neste link.

O resultado de novembro não foge à regra do que foi registrado em outros meses,
conforme os dados do Ministério da Economia. Em junho, por exemplo, a diferença
das exportações foi superior a 30% e, em fevereiro, chegou a 65%. No volume total, as
exportações do agronegócio somaram US$ 136,1 bilhões, um incremento de 33%
frente a 2021, que já tinha sido 19% superior a 2020. 

Um dos motivos para isso é a valorização do dólar frente ao real, o que faz com que os
produtores consigam ampliar os seus ganhos. Se o Brasil ainda precisa evoluir muito
em relação a outras localidades na indústria 4.0, o país está na vanguarda da
agricultura 4.0, sendo um dos maiores produtores de alimentos do planeta.

Faça o download de um infográfico que mostra o impacto da transformação
digital para as propriedades rurais!

O desafio do Big Data nas empresas farmacêuticas: saiba como solucionar

Do desenvolvimento de novas drogas às vendas mais inteligentes e personalizadas, a integração de diferentes plataformas de dados, como a dos planos de saúde, é fundamental no setor

Uma pesquisa realizada pela consultoria Research and Markets mostrou que em 2018 o big data injetou US$ 4,7 bilhões em hardware, software e serviços profissionais na indústria farmacêutica. Estima-se que esse aporte de recursos cresça em uma média anual de pelo menos 12%, ultrapassando mais de US$ 7 bilhões em aportes em 2021.

A pesquisa foi feita antes da pandemia, uma situação extraordinária que acelerou o processo de transformação digital em muitas organizações. De acordo com o estudo, o big data na indústria farmacêutica pode trazer inúmeras vantagens:

– Redução de custos de 20% a 30% em toda a cadeia produtiva;

– Aumento dos serviços aos pacientes de 35%;

– Crescimento do faturamento em até 30%;

– Redução de emergências médicas em 10%;

– Queda do tempo de espera de pacientes entre 30% e 60%.

Como pode se perceber, o big data apresenta um potencial enorme para todas as indústrias, mas a farmacêutica, em especial, enfrenta um desafio específico. Trata-se da capacidade de conseguir não só integrar a indústria aos pontos de venda (farmácias), mas ter dados dos próprios consumidores e dos planos de saúde, um intermediário importante e capaz de trazer muitos insights.

Você sabia que a Inove Solutions tem ferramentas sob medida para vários tipos de indústria? Descubra mais sobre nossos segmentos de atuação.

A necessidade de integração

A presença de informações de consumidores e dos planos de saúde adiciona uma camada de dificuldade para muitas companhias do ramo, isso porque já sofrem com as barreiras em integrar e operar os serviços no dia a dia. Não é incomum as empresas deterem um grande volume de dados, mas não conseguirem fazer uso ou receberem informações imprecisas por questões técnicas.

As falhas podem se dar por inúmeras razões, desde a dificuldade em ter ciência de todos os dispositivos de TI em um negócio ou mesmo na modificação de processos e de operações de forma mais relacionada à tecnologia atual. É o caso da arquitetura orientada a serviços, um conceito que facilita a integração entre aplicações. Você pode entender mais sobre essa forma de operação neste artigo.

Independentemente do caminho escolhido, se não houver sucesso na etapa de integração, é impossível dar o passo adicional esperado por muitas organizações. Estamos falando de inteligência artificial e de machine learning, tecnologias que dependem de grandes volumes de dados (big data), conforme explicamos neste artigo.

“A capacidade de aprendizado e de executar tarefas de forma automática é vista como uma revolução. As aplicações decorrentes prometem levar a indústria ao próximo nível”, seja em relação a custos, a processos internos, a competitividade ou na relação com clientes.

Qual o impacto do big data nas empresas farmacêuticas?

Há diferentes abordagens relacionadas ao tema, que passam desde pesquisa & desenvolvimento (P&D), desenvolvimento de novos produtos, realização de estudos, descoberta de padrões, entre outras diversas possibilidades. Basicamente, a análise do histórico de dados permite obter insights sobre o consumo de medicamentos e sua sazonalidade, o que pode interferir em vários procedimentos do negócio.

Veja algumas possibilidades:

– Medicina de precisão – O cruzamento de diferentes fontes de informação pode trazer diferentes insights: por exemplo, a relação do uso de um medicamento com um tipo de clima ou padrão comportamental. Isso permite à empresa melhorar a sua previsibilidade e inclusive gerar uma forma de detectar doenças de forma antecipada, evitando riscos aos pacientes e impedindo internações.

– Ajustes nas vendas e marketing – Será possível projetar as vendas de um medicamento em particular, levando em consideração diversos fatores. A criação desse histórico vai permitir à empresa entender o comportamento do consumidor e atingi-lo em campanhas de marketing – ou mesmo na aplicação de descontos no ponto de venda.

Outro ponto importante é que, ao perceber essa sazonalidade e tendência, a empresa é capaz de ajustar o funcionamento da manufatura de forma a manter o estoque do produto sempre abastecido, incluindo as épocas de maior demanda. Para isso, é importante mesclar dados dos pontos de venda e dos próprios planos de saúde, o que vai permitir até mesmo uma abordagem ativa para as farmacêuticas.

Imagine, por exemplo, uma pessoa que tome medicamentos controlados: a própria fábrica sabe a janela em que ela vai precisar de novos medicamentos, a partir de uma venda ativa (até mesmo com desconto) realizada pela farmácia na relação com o consumidor.

– Personalização – Uma das tendências de futuro é a customização, o que pode ocorrer também na indústria farmacêutica a partir da percepção de padrões. Em geral, as formulações já são adaptadas de acordo com o perfil dos pacientes e suas necessidades.

No entanto, um olhar mais atento e a colaboração de diversos setores pode trazer perspectivas diferentes e o estabelecimento de novos medicamentos e formas de uso, o que pode fazer com que o medicamento se dissemine mais rapidamente entre os consumidores.

– Melhora do custo de desenvolvimento de remédios – Há pesquisas indicando que o desenvolvimento de uma única nova droga pode custar até US$ 2,6 bilhões em um período de até 10 anos. Por isso, a indústria – de maneira mais ampla – se foca em medicamentos que possam atingir públicos mais extensos, reduzindo as pesquisas de enfermidades com número limitado de pacientes.

O big data nas empresas farmacêuticas pode reduzir esse tempo e o custo, visto que otimiza os testes e a realização dos ensaios clínicos. Além disso, a capacidade de cálculos e da realização de simulações pelas máquinas aumenta o potencial de antecipar cenários, direcionando melhor o desenvolvimento da pesquisa e evitando que se chegue a um beco sem fim.

– Ensaios clínicos – O big data pode ser aplicado desde a seleção dos usuários (conforme filtros e regras específicas), desenho dos modelos de preditivos, análise de resultados, entre tantas outras aplicações. Também se torna mais simples controlar a reação às drogas e descobrir seus efeitos colaterais, conforme o perfil de paciente, interações, entre outros pontos avaliados.

Um estudo da consultoria McKinsey estimou que a aplicação de estratégias e modelos de big data nas empresas farmacêuticas poderia melhorar em US$ 100 bilhões em valor anual para o sistema de saúde dos Estados Unidos. De que maneira? Otimizando a inovação, ampliando a eficiência de ensaios clínicos, criando novas ferramentas para médicos, consumidores e reguladores.

Trata-se de um benefício para a sociedade, que pode se reverter em um menor volume de internações, evitar a realização de procedimentos mais graves, entre outros benefícios para todos os players do setor médico. Além dos benefícios aos pacientes, resulta em uma aplicação mais inteligente dos recursos na área de saúde.

Para dar o próximo passo rumo ao futuro, é preciso saber como se dará esta evolução. Conte com a Inove Solutions para o diagnóstico e a consultoria adequada para o seu negócio!

Machine learning na indústria: faça predições de consumo e planeje sua operação

A revolução prometida pela indústria 4.0 passa necessariamente pelo uso mais inteligente dos dados e dos benefícios trazidos pela automação; entenda mais no artigo

O machine learning promete revolucionar o mundo no qual vivemos, especialmente os ambientes produtivos. Uma pesquisa da Consultoria Fortune Business Insights mostra uma tendência de grande crescimento para a tecnologia nos próximos anos, saindo de um mercado de US$ 21,1 bilhões em 2022 para US$ 209,9 bilhões em 2029. Estes números representam um crescimento anual de 38,8%.

“O machine learning é um subgrupo da inteligência artificial. É o método que ensina computadores a aprender a partir de algoritmos ou de dados, imitando o modo como os humanos fazem. O aumento da adoção da inteligência artificial e do machine learning está ocorrendo em vários setores da indústria, como no segmento de saúde, automotivo, varejo, entre outros”, diz a pesquisa.

Mas quais são os motivos por trás desta revolução? Assim como a Internet das Coisas promete transformar o agronegócio, conforme explicamos neste artigo, o machine learning é a aposta da indústria para melhorar a previsibilidade e o planejamento operacional. Na prática, trata-se da tecnologia capaz de efetivamente levar as manufaturas ao conceito de indústria 4.0.

A capacidade de aprendizado e de executar tarefas de forma automática é vista como uma revolução. As aplicações decorrentes prometem levar a indústria ao próximo nível, seja em relação aos seus custos e aos processos internos, na competitividade dentro do segmento ou na relação com os seus clientes (independentemente de uma atuação B2B ou B2C).

Como o machine learning pode impactar a indústria?

As possibilidades de uso do machine learning na indústria são inúmeras, dependendo do segmento de atuação. Outro ponto preponderante é a relação da empresa com o uso das tecnologias: quanto mais estratégica ela for, maiores serão as possibilidades para que o seu uso traga os resultados esperados. Em última análise, o foco está na automação.

A evolução e a aplicação desta tecnologia significam a sobrevivência para as fábricas em um contexto no qual o volume de dados se torna impossível de ser gerenciado pelos humanos. Entre as possibilidades mais comuns do machine learning na indústria, estão:

1 – Previsão de demanda

O foco do machine learning é usar o histórico de dados da indústria e, a partir disso, antecipar demandas futuras do negócio. Ou seja, se uma companhia teve um desempenho em determinado período do ano anterior, a tecnologia permite projetar cenários, o que abre a possibilidade de fazer uma previsão de demanda, incluindo a gestão de estoque e a previsão de resultados futuros.

O machine learning é capaz de conectar diferentes fontes de dados, o que facilita o controle dos níveis de estoque e a disponibilidade de produtos. Dessa maneira, evita-se que determinados itens não estejam disponíveis, especialmente em datas sazonais importantes, caso do Natal, Black Friday ou datas comemorativas, como o Dia das Mães.

2 – Roteirização

Em um país de dimensões continentais como o Brasil, a logística assume um papel fundamental para uma indústria. Tornar-se mais inteligente nesta área e garante a otimização de gastos, mantendo os custos controlados e o nível de competitividade no setor, com margens seguras para a indústria.

Em muitos casos, ter sucesso na roteirização é um desafio, especialmente quando envolve grandes cidades e a chamada última milha, a etapa final da entrega. Quanto maior a eficiência e mais bem-feito o planejamento, melhor a otimização de custos e a satisfação do consumidor.

O machine learning captura dados de entregas anteriores, desenhando roteiros alinhados às estratégias de negócios. Além disso, a tecnologia ajuda no planejamento dos veículos que devem ser usados para se ter o melhor custo-benefício e inteligência.

3 – Manutenções preditivas

Um dos maiores medos da indústria é que a fábrica deixe de operar por problemas nas máquinas. Por isso, a realização de manutenções preditivas é de extrema necessidade para garantir o funcionamento de forma estruturada e inteligente.

Com o machine learning na indústria, ganham-se dados capazes de antecipar potenciais problemas na operação, o que dá mais tranquilidade aos gestores para tomarem decisões para interrupções de serviço – inclusive com informações em tempo real. Em muitos casos, uma parada obrigatória evita que problemas mais graves se desenrolem no futuro.

4 – Controle de qualidade

Nenhuma manufatura opera de forma totalmente satisfatória na totalidade. Por isso, o machine learning na indústria é muito aplicado em ferramentas para se certificar do controle de qualidade. Por meio de vídeos, testes e outros cuidados automatizados, torna-se mais simples perceber quando um produto não atingiu os níveis esperados de qualidade, dando autonomia para a tomada de decisão.

5 – Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC)

Muitas indústrias operam direto com vendas ao consumidor, no mercado B2C. Para muitos negócios, a necessidade de gerenciar o atendimento a múltiplos clientes é um verdadeiro desafio – especialmente por eles estarem em muitos canais diferentes. Isso permite à indústria ter um atendimento mais eficiente, inteligente e otimizado, além de reduzir os seus custos.

Diante dessa realidade, o machine learning também está presente nos SACs. Um exemplo são os chatbots. Essas ferramentas conseguem solucionar a maior parte das dúvidas dos consumidores e, quando percebem uma situação mais complexa, demandam um operador humano.

6 – Otimiza o trabalho humano e a tomada de decisão

Um dos raciocínios naturais a respeito do machine learning na indústria é de que ele vai ocupar postos de trabalho. Acredita-se, porém, que haverá uma transformação destas oportunidades, conforme um relatório do Fórum Econômico Mundial.

“Nós estimamos que, até 2025, 85 milhões de postos de trabalho sejam abandonados em uma divisão de trabalho humano e entre máquinas, enquanto 97 milhões de novas ocupações devem surgir desta adaptação na relação entre homens, máquinas e algoritmos”, diz a pesquisa.

Neste novo tipo de relação, as pessoas focarão em iniciativas mais estratégicas, deixando a operação para as máquinas. Dessa forma, as pessoas serão chamadas para participar do processo de tomada de decisão em situações que fujam da rotina.

Percebe-se o potencial revolucionário do machine learning, mas a transformação não é tão simples quanto parece. A tecnologia depende de uma boa organização de dados, do investimento em equipamentos que permitam a comunicação entre máquinas e de um setor de TI capaz de lidar com todas essas demandas. A maturidade de TI das organizações será determinante neste processo.

Para dar o próximo passo rumo ao futuro, é preciso planejar e entender cada etapa deste processo. Conte com a Inove Solutions para o diagnóstico e consultoria para acompanhar as demandas do seu negócio!

Como a IOT pode impactar o agronegócio

Além da performance, aumento da capacidade produtiva do agronegócio com uso inteligente de recursos é uma necessidade do planeta, que deve ter quase 10 bilhões de pessoas em 2050

Estimado em US$ 12,5 bilhões em 2021, o mercado projetado para a Internet das Coisas no agronegócio deve atingir US$ 28,5 bilhões em 2030, de acordo com a Precedence Research. É muito provável que, nos próximos anos, o mundo assista a uma revolução de técnicas de precisão e melhoria da produtividade no campo a partir da aplicação da Internet das Coisas no agronegócio.

Não se trata apenas de uma intenção do setor em ser mais produtivo e faturar mais. É uma real necessidade da sociedade. Haverá, nos próximos anos, uma grande demanda de comida devido ao aumento populacional. Em 2050, estima-se que a população global chegue a 9,7 bilhões de pessoas, o que vai solicitar um aumento de 70% nas calorias disponíveis para consumo.

E, como bem se sabe, os recursos naturais, como a água e a própria terra, não são infinitos. “Sem uma sólida conectividade e infraestrutura para a agricultura, isso [suprir as demandas de alimentação global] não será possível”, afirma um relatório da empresa de consultoria McKinsey. Dessa forma, a TI se torna estratégica também para os negócios do campo.

Como consequência, a Internet das Coisas no agronegócio impacta positivamente os resultados das propriedades. As perspectivas da McKinsey são de que, se tiver sucesso em suas estratégias de ampliação da conectividade, o segmento deve adicionar entre US$ 2 a US$ 3 trilhões ao PIB global na próxima década. Isso também significa grandes resultados para os agricultores e pecuaristas.

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A Internet das Coisas no agronegócio

Vamos partir do princípio: o que é Internet das Coisas?

Trata-se de uma tecnologia que conecta e coleta dados entre diferentes equipamentos para que sejam analisados posteriormente usando as técnicas de Big Data. 

Se pensarmos em uma indústria, a IOT permite que diferentes dispositivos “conversem” entre si, o que vai trazer diversas informações sobre o processo produtivo, inclusive insights sobre melhorias e eventuais pontos que estão travando a manufatura. Para o agronegócio, a lógica é semelhante. 

A inclusão de sensores em tratores e máquinas garante, por exemplo, a capacidade de fazer um plantio personalizado, especialmente se a tecnologia for mesclada com informações precisas sobre a propriedade (GPS) e as obtidas por drones (imagens aéreas) – tudo isso se torna mais efetivo com a transmissão de dados pela nuvem.

Pensando em um cenário bastante evoluído no uso da tecnologia, é como se o conceito dos carros autônomos fosse estendido aos tratores no campo. Em um caderno sobre o tema, a Embrapa visualiza um futuro muito diferente daquilo que se vive hoje nas propriedades do país. “Outros dispositivos IOT levarão mais tempo a serem adotados, incluindo, por exemplo, tratores automáticos”, afirma o relatório.

“Os agricultores poderão plantar um campo inteiro com os tratores sem qualquer direção manual, sugerindo máquinas completamente automatizadas. Os tratores autônomos podem até ser desenvolvidos e adotados a um ritmo mais rápido do que os carros autônomos, pois as fazendas são um ambiente confinado e controlado, ao contrário das estradas públicas”, ressalta.

Quais outras aplicações da IOT no agronegócio?

Além de tratores autônomos, suas aplicações são variadas, pois o conjunto de dados levantados pode trazer insights e possibilidades para transformar a produtividade e a operação de uma propriedade. A automatização e o acesso remoto permitem modificar completamente a maneira como conhecemos as fazendas e campos de pecuária.

– Telemetria

Os sensores trazem dados sobre os tratores e outros equipamentos usados na propriedade. É possível ter informações dos próprios veículos (temperatura, localização, alertas de funcionamento, consumo de combustível) quanto de sua produtividade. Esse monitoramento pode ser feito a distância, visando dar mais inteligência e otimizar o processo de tomada de decisão.

– Meteorologia

Certos tipos de sensores conseguem perceber os níveis de irradiação de raios violeta, por exemplo. Isso traz informações sobre o clima no campo, o que vai aumentar a inteligência para controlar o uso de insumos, como a irrigação e até mesmo outros nutrientes. 

Em casos de eventos extremos (como geada e granizo), é possível se antecipar e adotar medidas preventivas para proteger a produção, quando for possível.

– Criação de animais

A instalação de sensores em bovinos – normalmente uma espécie de brinco – permite ter dados confiáveis sobre o estado de saúde dos animais – ganho de peso, água ingerida, gestão de remédios e vacinas. Na criação de frango, por exemplo, é possível controlar o índice de iluminação, a quantidade de comida oferecida, entre outros pontos, de forma automatizada.

– Imagens aéreas e videomonitoramento inteligente

Os drones podem ser usados para obter imagens aéreas da terra, o que permite ter mais informações sobre a área de plantio, a qualidade do solo, fazer ajustes para aumentar a produtividade, descobrir densidade da vegetação, planejamento de irrigação, identificação de pragas, entre outros caminhos. Essas informações favorecem a manutenção de condições do solo favoráveis.

– Subsídios para a equipe que está no campo

Se parte do trabalho será automatizada, há outra que ainda requer “mãos na terra”. Nesse sentido, os dados obtidos a partir da Internet das Coisas no agronegócio trazem informações precisas para que as pessoas atuem em prol da solução dos problemas encontrados. Ou seja, mais produtividade e otimização do tempo na sua força de tarefa manual.

Um longo caminho a ser percorrido

Uma pesquisa realizada pelo Sebrae e pela Embrapa indicou que há um longo avanço para que a Internet das Coisas possa, de fato, transformar o agronegócio brasileiro. Apesar de 84% dos agricultores brasileiros relatarem usar tecnologias digitais em seus processos produtivos, a maior parte está ligada à conexão com a internet e ao uso de aplicativos para marketing e divulgação.

Menos de um quarto deles contavam com soluções como: Programas de gestão específicos; GPS; Dados ou imagens fornecidas por sensores remotos; Dados ou imagens fornecidas por sensores no campo; e máquinas ou equipamentos com tecnologia embarcada. A pesquisa foi realizada em 2020 e ouviu 870 proprietários de terra e prestadores de serviço.

Apesar das oportunidades, os agricultores sabem que a tecnologia pode impactar diretamente a sua performance. Os 5 principais motivos para a adoção de soluções são:

– Obtenção de Informações e planejamento da propriedade;

– Gestão da propriedade rural;

– Compra e venda de insumos, de produtos e da produção;

– Mapeamento e planejamento do uso da terra;

– Previsão de riscos climáticos.

A principal reclamação para evoluir no quesito tecnologia é o valor do investimento. Além disso, a falta de conectividade de determinadas propriedades impede essa evolução. Uma das esperanças é que a tecnologia 5G permita essa evolução de forma rápida e possa ampliar o acesso a serviços específicos para o segmento.

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Por que a indústria tem sido alvo fácil dos hackers?

Cibercriminosos estão mirando obter vantagens: muitas empresas optam por pagar resgate, visto que é menos custoso do que manter as operações paradas

Ao se pensar sobre o setor que seria o primeiro alvo de ataques de hackers, o raciocínio mais comum é dos bancos ou cooperativas de crédito, visto que seu negócio envolve tradicionalmente dinheiro. Como mostramos no último artigo, porém, a indústria apresentou um volume maior de ataques, conforme o relatório da IBM, algo que chama a atenção, até mesmo por ser uma tendência global.

O “IBM Security X-Force Threat Intelligence Index de 2022” visa mapear tendências e padrões de ataque que a organização observou e analisou por meio de seus dados. De maneira geral, a América Latina experimentou um crescimento de 4% nos ciberataques em 2021 frente a 2020. O Brasil está, ao lado de México e Peru, entre os principais alvos.

A questão é: seria possível explicar o motivo para que a indústria se tornasse o alvo número um dos hackers? De acordo com a avaliação da própria IBM, por estar na base das cadeias de suprimentos, as indústrias se tornaram o alvo primordial dos hackers.

A lógica é simples: pode ser mais barato para as empresas pagar o resgate pedido pelos criminosos do que manter as operações estacionadas por muito tempo. Além disso, os serviços financeiros conseguiram obter resultados positivos na batalha para evitar os ataques cibernéticos, o que resultou em uma migração das iniciativas maliciosas cibernéticas.

“Os cibercriminosos geralmente perseguem o dinheiro. Agora, com ransomware, eles estão procurando a vantagem”, disse Charles Henderson, Líder do IBM X-Force. “As empresas precisam reconhecer que as vulnerabilidades estão atrapalhando e os atores de ransomware as aproveitam como forma de vantagem”, reforça.

Indústrias têm um papel crítico

“Os cibercriminosos encontraram um ponto de vantagem no papel crítico que as organizações de manufatura desempenham nas cadeias de suprimentos globais para pressionar as vítimas a pagar um resgate”, revela. A própria análise da IBM deixa claro que se trata de uma tentativa de sequestro de dados, o que se convém chamar de “ransomware”, em alusão a palavra “ransom” em inglês.

Esse tipo de ataque, aliás, respondeu por aproximadamente um terço (32%) das iniciativas dos hackers. “As gangues de ransomware não param de atacar, apesar do aumento nas defesas. De acordo com o relatório de 2022, a média de vida útil de um grupo de ransomware antes do encerramento das atividades ou rebranding é de 17 meses”, diz Henderson.

Segundo a BlackBerry, há uma parte específica sobre o REvil, o ransomware mais comum observado no país.  “O FBI acusou o REvil, grupo RaaS afiliado à Rússia, de ter realizado os ataques ao maior fornecedor de carnes do mundo, a JBS. Esses ataques ameaçaram a cadeia de suprimentos de alimentos mundial e são um lembrete sobre o estado vulnerável da infraestrutura”, aponta o estudo.

O caminho para as indústrias é seguir o que foi adotado pelo setor financeiro, que saiu do topo do ranking, o que “sugere que os elevados padrões de segurança estejam produzindo resultados concretos. Além disso, os ambientes híbridos e a nuvem modificaram a forma como gerir e visualizar dados”, diz a  IBM em seu estudo.

É praticamente impossível operar com a convicção de que todas as vulnerabilidades foram corrigidas: por isso, é preciso pensar em estratégias de recuperação de informações, backups inteligentes e em uma estratégia de proteção de todo o negócio. Além disso, um olhar atento para a infraestrutura interna é importante: os pontos fracos existentes causaram 18% dos ataques na América Latina.

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As modificações do trabalho híbrido

O trabalho híbrido forçado pela pandemia trouxe uma nova dinâmica de trabalho e também para os ataques cibernéticos. A IBM estima um aumento de 146% em novos códigos para usar os ambientes cloud para fins maliciosos, especialmente os malwares – o ponto de partida para o sequestro de dados.

Outro estudo da IBM indicou que os custos com violações saíram de US$ 3,89 milhões para US$ 4,96 milhões com o aumento do trabalho remoto. Além disso, houve crescimento de 58 dias para conter violações quando mais de 50% dos colaboradores não estão presencialmente na empresa. É possível impedir isso?

“É verdade que expandir a rede corporativa para abranger o ambiente doméstico e os dispositivos pessoais cria novas brechas de segurança para os adversários explorarem. Mas se nossas tecnologias e práticas de segurança atuais fossem robustas o suficiente para facilitar o redimensionamento, a transição poderia ter sido muito menos disruptiva para muitas organizações do que acabou sendo”, diz a pesquisa.

O desafio está em usar a inteligência de dados e a artificial para a proteção das companhias. Entre as medidas mencionadas no relatório da BlackBerry, estão:

– Aprendizado profundo e ataques adversariais – Visam detectar maneiras pelas quais as redes neurais podem ser ensinadas a enganar outros algoritmos preditivos alterando os dados de entrada.

– Defesas algorítmicas – Treinam ou arquitetam modelos para pré-processar dados antecipadamente, para mitigar os efeitos de ataques.

Ainda é preciso evoluir para garantir eficiência, mas deve-se começar a estudar essas estratégias para encontrar meios de prevenção dos ataques cibernéticos.

Recomendações

Quais seriam as boas práticas para aumentar a proteção? O primeiro passo é ter um plano de resposta para ataques de ransomware, pensado de forma estratégica, o que pode reduzir drasticamente o tempo e o dinheiro gasto na resposta. Essa estratégia deve incluir:

– Crie um plano imediato de contenção, considerando que autoridades, fornecedores e parceiros devem ser informados. É possível simular cenários e como será a reação.

– Estruture um armazenamento seguro e mecanismos de recuperação das informações (backups), armazenados em outros locais.

– Apesar dos investimentos, não há garantia de que um ataque desse porte não vá ocorrer. Por isso, tenha em mente o quanto sua empresa produz e os valores demandados para resgates.

Não esqueça da nuvem: gerenciar e proteger essas informações pode demandar ferramentas adicionais, assim como experiência de colaboradores.

– Implante autenticação de dois (ou mais fatores) em todo ponto de acesso para a sua companhia.

– Eduque e treine os seus colaboradores em relação às estratégias adotadas pelos cibercriminosos, incluindo o phishing, que geralmente conta com a colaboração dos usuários.

– Mantenha uma equipe de segurança ativa e focada em identificar vulnerabilidades.

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Ataques cibernéticos estão mais comuns no Brasil

Ao contrário do que se pode imaginar, as operações de criminosos estão mirando não só empresas de grande porte, como as de médio e pequeno, que estão mais suscetíveis às ameaças

A BlackBerry elaborou um relatório de ameaças digitais referentes ao ano de 2022. Atualmente, a segurança cibernética é um quebra-cabeça difícil de ser solucionado pela maioria das organizações. As ações adotadas pelos criminosos estão em constante transformação, o que exige atenção frequente por parte das organizações, independentemente de seu segmento de atuação.

Vale lembrar que esta preocupação não se dirige apenas às companhias de grande porte, organizações públicas, ONGs, instituições financeiras, entre outras. As pequenas e médias são cada vez mais vítimas destes ataques. “Ninguém está seguro. Quando se trata de ciberataques, a imunidade é zero”, reforça o relatório da BlackBerry.

Estima-se que 70% das PMEs sofreram ataques cibernéticos, sendo que 60% delas fecharam as portas nos seis meses seguintes. Os pesquisadores descobriram PMEs com 11 a 13 ameaças por dispositivo em média, um número muito maior do que nas grandes empresas. 

“Órgãos governamentais e grandes empresas podem sobreviver a um ciberataque. Mas, para PMEs, muitas vezes é uma sentença de morte”, diz o relatório. “A fluidez dos ciberataques modernos pode exigir que as organizações repensem com frequência suas abordagens de cibersegurança”, ressalta.

Mais recursos fluindo para frear ataques cibernéticos

Este cenário aumenta a preocupação das empresas e faz com que mais recursos sejam revertidos em prol da cibersegurança. Segundo a Global Digital Trust Insights Survey 2022, desenvolvida pela PwC, 77% dos executivos brasileiros acreditam que as organizações se tornaram “complexas demais” para serem protegidas – este índice é de 75% no globo.

Este receio, porém, leva 83% das empresas do Brasil a estimarem um aumento nos gastos cibernéticos em 2022, em comparação com 69% no mundo. A título de comparação, em 2020, os índices obtidos eram de 55% e 57%, respectivamente. E 45% dos brasileiros devem ampliar o investimento acima de 10% — 26% em todo o mundo.

No entanto, parte desses recursos é desperdiçado pela complexidade das organizações. Muitas empresas investiram em produtos sem considerar sua segurança e sem garantir que a área de TI teria um papel estratégico na organização. Outras desconhecem até mesmo os seus ativos de TI, o que as torna pouco produtivas e mais propensas ao risco de ataques.

Outro erro recorrente é o de separar riscos corporativos da área cibernética, o que atrapalha no planejamento de respostas para eventuais situações de crise.

Quais os setores que mais sofrem?

Um relatório da IBM fez um levantamento das dez áreas mais atacadas na América Latina e sua variação entre 2021 e 2020:

Gráfico, Gráfico de barras

Descrição gerada automaticamente

O que chama a atenção é a liderança do setor de manufatura (indústria), que teve um grande salto, enquanto a área de finanças e seguros conseguiu reduzir a tentativa de ataques. Uma pesquisa da McKinsey mostrou que o setor de energia – 4º classificado neste ranking – pode ser afetado em vários setores, o que inclui a geração, a transmissão e a distribuição, podendo ter efeitos devastadores.

A Light, por exemplo, foi vítima de um ataque de ransomware, cujo pedido de resgate dos dados foi na ordem de US$ 14 milhões.

Os ataques mais comuns

No relatório da BlackBerry, há uma lista de ataques comuns e quais foram os seus alvos principais. Eles foram divididos em grupos específicos:

– Cobalt Strike – Desenvolvido como uma arma para ampliar a segurança, a ferramenta foi usada para ajudar as empresas a identificarem falhas em seus sistemas. No entanto, com o seu vazamento, ela passou a ser usada de forma maliciosa.

Segundo a BlackBerry, “os agentes de ameaças estão ampliando o uso de provedores de nuvem legítimos para hospedagem. Isso permite que os operadores de malware ocultem seu tráfego dos sistemas de monitoramento, o que torna a tarefa de bloqueio automatizado mais complicada”.

– Ataques à cadeia de suprimentos – Esta abordagem tem sido usada pelos hackers pelo fato de ampliar o seu resultado: “o impacto potencial e a disseminação de um ataque à cadeia de suprimentos pode ser muito maior do que ter como alvo uma vítima individual”.

A lógica é simples: ao atacar um produto, como um sistema de gestão, por exemplo, pode se tornar mais simples acessar seus clientes. Por isso, a PwC sugere que sejam adotadas medidas para reduzir o risco relacionado a fornecedores ou terceiros, inclusive os de soluções tecnológicas. Essas tentativas podem ocorrer com serviços de diferentes áreas, inclusive nos fornecidos pela nuvem.

– Ransomware – É um tipo de malware que se instala nos sistemas das empresas e pode reter os dados corporativos, exigindo um pagamento de resgate. Por isso, inclui a palavra “ransom” –  sequestro, em inglês – em seu nome. Os alvos principais desses ataques foram os bancos, seguros e serviços comerciais e profissionais. Em 2021, vários se destacaram: Revil, Darkside, Conti, Avaddon e Ragnar Locker.

– Infostealer – É usado para coletar informações confidenciais, como senhas, cartões de crédito e dados bancários, entre outros. Em geral, a estratégia usada para ingressar nos sistemas é o chamado phishing, por meio de e-mails com conteúdo duvidoso. Além dos bancos, um alvo recorrente, outros setores apareceram: governos estaduais, imobiliário, setor de saúde, seguros, entre outros.

Boas práticas corporativas

Alguns cuidados garantem que a empresa opere de forma a prevenir ataques cibernéticos. Veja algumas dicas:

– Atuação conjunta do CEO, responsáveis pelas finanças e de segurança para garantir um orçamento voltado à proteção cibernética.

– Construa uma base sólida de confiança de dados: uma abordagem corporativa para governança, descoberta, proteção e minimização de dados.

– Analise e quantifique os riscos cibernéticos para relatórios em tempo real. Nesse momento, inclua os riscos corporativos gerais para mensurar um potencial efeito sobre os negócios.

– Com um levantamento claro, identifique o que funciona em seu modelo de negócios e onde é possível simplificá-lo.

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Planeje a sua TI para a Black Friday: o consumidor não aceita mais instabilidade

Testes devem ser realizados para garantir o pleno funcionamento do site durante um dos dias de maior movimento no ano

Em 2021, o faturamento da Black Friday no Brasil foi de R$ 5,4 bilhões, de acordo com dados da Neotrust. No ano anterior, o resultado ficou na casa dos R$ 4 bilhões. Um levantamento do Reclame Aqui sobre a Black Friday mostrou quais foram as três principais queixas dos consumidores nas compras da segunda principal data do e-commerce do país, atrás apenas do Natal:

14,3% tiveram problemas com a tecnologia, como lentidão, instabilidade e dificuldade de acesso;

30,5% sofreram com o Atendimento ao Cliente.

– 10,5% foram afetados com as formas de pagamento. Imagine entrar no site, escolher e não conseguir pagar?

Planeje a sua TI para a Black Friday com o nosso Guia, que traz 5 pontos de atenção para esta data. Acesse e saiba mais! (em breve)

Para evitar esses problemas, é importante tomar alguns cuidados na hora de planejar a sua TI para a Black Friday, já que estamos falando de uma das épocas de maior movimento do ano, atrás apenas do Natal. É preciso garantir que as pessoas consigam navegar com agilidade, ler as descrições dos produtos, incluí-los no carrinho e fechar a compra. 

Veja os principais cuidados:

– Expansão rápida da infraestrutura – Um site deve experimentar um tráfego muito mais alto do que na média dos demais dias do ano. Independentemente de uma empresa de grande ou pequeno porte, o cliente espera conseguir navegar. Nesse sentido, é preciso preparar a infraestrutura para crescer conforme a demanda, o que pode ser simplificado com uma arquitetura orientada a serviços (SOA).

Para isso, é preciso entender se a sua estrutura pode se expandir de acordo com a demanda. O desafio está em encontrar a solução para manter o site no ar, com um grande volume de acessos.

– Realize testes – Em uma infraestrutura interna, é possível fazer diversos testes para simular a reação do site ao grande tráfego. Uma solução interna requer investimentos em ativos de TI e pessoas prontas para encarar as dificuldades. Nesse sentido, muitas organizações têm apostado em ferramentas na nuvem, sem a necessidade de aportar recursos em hardwares para suportar a demanda.

Uma estrutura na nuvem pode escalar de acordo com a demanda: é possível antecipar esse movimento com o seu servidor, de forma planejada e estruturada. Nessas simulações, analise como os métodos de pagamento vão responder, assim como os sistemas voltados à logística. Além disso, é possível antecipar planos de contingência.

– Faça estimativas reais – Ok, é possível planejar a sua TI para a Black Friday. Mas qual será o volume de tráfego? Essa pergunta é relativamente simples de ser respondida. Baseada em seu histórico de anos anteriores, pode-se estimar projeções pessimistas, realistas e otimistas da demanda de usuários simultâneos e totais no site.

Essas previsões são cada vez mais acertadas com o suporte da tecnologia, como o Machine Learning. Além das referências das datas anteriores, ela é capaz de simular cenários distintos, trazendo diferentes insights para a testagem de desempenho. O objetivo é determinar o limite que o sistema tolera.

– Cibersegurança é mais do que um detalhe – Em 2021, uma pesquisa da ClearSale mostrou que as tentativas de fraude na Black Friday subiram 131,5% na comparação com o mesmo período de 2020. O número de pedidos potencialmente fraudulentos saltou de 51,5 mil em 2020 para 119,3 mil em 2021.

Além de garantir a estabilidade, a segurança é outro ponto determinante para muitos consumidores seguirem em sua jornada de compra. Com o maior volume de compras, é comum hackers orquestrarem ataques chamados de DDoS, que visam roubar dados de clientes, como CPF e informações do cartão de crédito. Mecanismos de criptografia, protocolos seguros e investimentos constantes reduzem esse risco.

– Orientação – Há casos de fraudes que não dependem do seu negócio, como simulações de e-mails com promoções, pagamentos, confirmações de ordem ou cupons. Neste caso, a orientação dos consumidores é fundamental, informando quais são as formas de contato realizadas para diminuir a chance de golpes.

– Responsividade – Compras online podem ser feitas via smartphone, notebook, tablet ou aplicativo. O desafio do e-commerce é garantir uma experiência positiva em cada um desses caminhos. Por isso, a construção do site precisa considerar a responsividade integral para que se adeque à tela do usuário.

E a responsividade não está apenas em abrir as informações da forma correta, mas de garantir que a velocidade, a estabilidade e a segurança se repitam, independentemente do meio escolhido.

– Suporte a múltiplos usuários – Um dos desafios da TI é a criação de boas experiências para os usuários na Black Friday. Todo o esforço desta data deve se direcionar para garantir uma boa relação com os clientes. Erros vão repercutir na imagem da marca, percepção de clientes e em relações futuras. Abordamos este tema neste artigo do blog.

– O desafio do pagamento – Cartão de crédito, boleto, Pix, Paypal… São várias maneiras de efetuar um pagamento. O e-commerce deve garantir que o cliente opte por aquele que considera mais prático. As estruturas do site – assim como o acesso – devem garantir a operação e confirmação de milhares de pagamentos em uma mesma data, sem delay ou problemas.

A reputação do site é afetada se há dificuldade em efetuar a compra ou lentidão neste momento, o que passa a impressão de que algo pode ter dado errado, gerando preocupação.

– Otimize o fluxo de e-mails – É comum o cliente receber imediatamente uma confirmação de sua compra e qual o caminho para monitorar o processo de entrega do produto. Este envio deve ter um fluxo automático e eficiente, de modo a dar transparência ao processo.

Caso tenha interesse, abordamos em outro artigo os Prejuízos causados com a instabilidade de sistemas na Black Friday.

Quer saber quais as soluções a Inove Solutions preparou para atender este importante evento? Veja aqui

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O prejuízo gerado pela instabilidade de sistemas durante a Black Friday

Estima-se que sites brasileiros ficaram mais de 9 horas fora do ar no período que engloba a Black Friday à Cyber Monday, gerando mais de R$ 36 milhões em perdas

A Black Friday precisa ser aproveitada intensamente pelos dois lados envolvidos: consumidor e varejista. São 24 horas – ou 96, caso se considere a Cyber Monday — para que o seu negócio possa desfrutar dos grandes benefícios desta data, considerada a segunda mais importante para o e-commerce, atrás apenas do Natal.

Esse curto intervalo leva a um boom de consumidores nos sites simultaneamente, o que causa instabilidade na Black Friday. Como demonstramos neste artigo, o faturamento da data em 2021 foi de R$ 5,4 bilhões, conforme os dados da Neotrust.

Esse resultado, porém, poderia ser ainda melhor, não fossem as instabilidades dos sites. Um levantamento da Sofist indicou que a lentidão e inconsistência dos e-commerces causou R$ 36,1 milhões de prejuízo no período.

O resultado é quase 26% inferior ao contabilizado em 2020, quando o prejuízo devido à instabilidade na Black Friday foi de R$ 48,7 milhões. Em todo o globo, a estimativa é de que 47 milhões de consumidores participaram da data (incluindo a Cyber Monday), um aumento de 10% na comparação com 2020.

Como se determinou o prejuízo?

Os valores estimados de perda se basearam em um levantamento que monitorou 116 sites a partir das 22 horas de 25 de novembro até 23h59 de 29 de novembro, período mais recorrente das promoções em 2021. Para incluir como instabilidade, o levantamento considerou alguns fatores:

– Problemas técnicos, como páginas de erro;

– Uso de páginas de espera, também conhecidas como “tampão”;

– Demora excessiva (timeout), quando o site não termina de carregar em 45 segundos.

No total, 54 das 116 lojas (46%) saíram do ar em algum momento do período monitorado. Ao todo, foram 9 horas e 25 minutos de sites indisponíveis, que resultaram no cálculo de R$ 36,1 milhões de prejuízos. Ou seja, poucos momentos de instabilidade se revertem em perdas relevantes para os e-commerces.

Como evitar a instabilidade na Black Friday?

Há diversos cuidados a serem tomados, mas o principal é fazer investimentos em tecnologia que propiciem a escalabilidade de serviços necessários durante esse alto volume de tráfego. Nesse sentido, é importante que a TI ganhe um papel de protagonista, sendo pensada de forma estratégica para a organização, o que inclui a garantia de funcionamento dos serviços durante a Black Friday e outras datas comemorativas.

Para isso, diagnósticos de TI constantes ajudam a identificar inconsistências nos sistemas, conforme demonstramos neste artigo do blog. Entre as áreas que precisam ser avaliadas, estão storage, performance de backup, otimização da infraestrutura, integração de sistemas, entre outros pontos. Nessa realidade, há outros investimentos em tecnologia que podem contribuir:

– Internet das Coisas – Ajudam na integração das lojas físicas e virtuais, coletando mais dados sobre o comportamento dos clientes, o que gera insights também para as compras online.

– Data Analytics – Trata-se de um imenso banco de dados de informações relevantes para o negócio, que exige tratamento para que se tornem dados estruturados. Isso ajuda na tomada de decisões mais inteligentes, baseadas na realidade e no histórico.

– Machine Learning – Ajuda a prever a dimensão e o volume de clientes que serão atendidos nos picos da Black Friday. Para isso, usam o histórico de dados armazenado no Analytics.

– Inteligência artificial – Das recomendações de compra à percepção de produtos parados em carrinhos, essa tecnologia pode ser o toque final para incentivar o consumidor a fechar um negócio.

– Serviços na nuvem – Neste artigo, falamos da nuvem para o mapeamento de ativos de TI. Mas ela traz outros benefícios: “a tecnologia ganhou corpo pelos resultados diretos que trazem às empresas, como a melhora da gestão, o aumento de produtividade e de segurança. Outra possibilidade é a estabilidade e a escalabilidade, com serviços sempre disponíveis e que podem ser ampliados ou reduzidos conforme a necessidade”.

Como pode se perceber, trata-se de um trabalho que não acontece da noite do dia. É preciso ter planejamento e fazer os investimentos necessários em infraestrutura, soluções e testes para se chegar a um padrão que replique a realidade que será encarada neste período. Só uma ação organizada evita a instabilidade na Black Friday em e-commerces.

O think time

No meio de TI, “Think Time” é a definição do tempo usada para simular o comportamento de um usuário real. Nesse sentido, é importante que os sites tenham conhecimento deste think time para ações de login, busca, fechamento do pedido, pagamento, entre outras ações no ato de compra online.

Os testes realizados pelas organizações para dimensionar a capacidade de um site precisam considerar essa situação. Se as verificações executadas não seguirem o padrão humano, acabam não trazendo insights reais para os executivos, criando um cenário irreal.

É possível que essa situação que não reflete a realidade ajude os negócios a estruturarem sua demanda para um volume ainda maior, assim como não dimensionarem da maneira correta. Para isso, o cuidado está em planejar o teste para que ele efetivamente simule a realidade daquela data, projetando possível instabilidade na Black Friday.

Por isso, o think time de um usuário e a sua forma de navegação ajuda a dimensionar o tempo de resposta necessário e os ajustes para suportar a demanda.

Quer saber qual o caminho para preparar seu e-commerce para a Black Friday? Conheça o nosso guia, com as principais dicas para o seu negócio! Baixe o seu material!

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